POR DANIELE PINHEIRO*
24º INFOSUPER
Eu estive presente no 24º Infosuper – Encontro de Fornecedores e Supermercadistas de São Mateus e Região Norte do Espírito Santo, realizado na sexta-feira (25/10), no auditório do Sesc. O palestrante noite foi Floriano Schneider.
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VEREADORES NAS RUAS
É sabedor que a cada quatro anos temos eleições municipais, e precisamos escolher um nome para votar. O processo parece simples, mas isso depende muito do eleitor, pois a cultura do voto no Brasil, em sua maioria, não passa de barganha e troca de favores.
As pessoas muito me questionam por que só veem vereador em época de eleição pedindo voto, alegando que depois eles somem, passam nas ruas dentro de seus carros com vidros fechados, demonstrando afastamento do povo, de quem o elegeu.
Existe uma camada de pessoas que acreditam que vereador é de um bairro só, quando na verdade, devem e representam todo o município.
Há outra parcela que não só acredita como afirma que vereador “faz obras”. E muitas dessas pessoas são enganadas ou se permitem ser enganadas durante a campanha eleitoral, quando o candidato promete calçar uma rua, construir uma creche, uma unidade de saúde, etc.
Tem gente que vota pensando na promessa de emprego e de melhora salarial. As pessoas só querem discutir política de quatro em quatro anos, e ainda sim a discussão não é saudável e sensata, pois se fosse, não teríamos tanta falta de informação e credibilidade pós eleição.
Não estão errados em cobrar a presença do vereador, pois a sociedade merece satisfação, precisa saber o que se passa, e entender de fato qual é a verdadeira função do parlamentar, participando e contribuindo diretamente com o mandato vigente.
Pra que tudo isso aconteça, a aproximação precisa ser efetiva, independente do lado político e da bandeira a qual defende. O povo precisa se sentir abraçado e confiante. São contribuintes que cobram justamente por seus direitos, e precisam de retorno por parte de seus representantes, os fiscalizadores.
Tem gente que só quer um abraço e aperto de mão, apenas. Infelizmente se criou uma cultura do “toma lá dá cá”, que muitas coisas se resumem em troca de favores e compra de votos. Ao vender o voto e ter o favor pagado, a dívida morreu ali, e o edil não te deve mais nada. Tá errado isso. Não podemos continuar alimentando essas ações.
Precisamos conversar, falar a verdade, ser presente, explicar e orientar os trabalhos de assistência que o município presta. O caminho pode ser mais longo, mas é o correto a ser feito.
Numa sociedade consciente, que vota com ciência, que vota em projetos e não em pessoas simplesmente por serem chegados e conhecidos, a realidade deve ser outra.
Alguns vereadores parecem acuados devido às muitas cobranças e falsas afirmações que são espalhadas a todo momento nas redes sociais, mas é exatamente neste momento que a verdade precisa ser escancarada e discutida, doa a quem doer.
O povo só quer mais proximidade e atenção.
CAPS SÃO MATEUS E CAOS NA SAÚDE PÚBLICA
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*Daniele Pinheiro é ativista social, estudante de Direito. Contato: (27) 99982-6862 – Facebook: fb.com/daniele.pinheiro.560 – Instagram: instagram.com/danielepinheiross
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