
A façanha de Marco Aurélio Nunes Salles, o Marquinhos Pitbull, que conquistou nove títulos de Campeão Capixaba, dificilmente, será alcançada novamente. Os títulos foram conquistados em 1994 – Desportiva Ferroviária; 1995, 1997 e 1998 – Linhares; 2000 e 2001 – Alegrense; 2003, 2004 e 2005 – Serra.
Marquinhos Pitbull é carioca e ganhou o apelido devido ao seu vigor físico e à determinação em campo. Ele iniciou a carreira no Campo Grande (RJ), passando pelas categorias infantil, juvenil e juniores, onde fez parcerias com grandes atletas do futebol brasileiro, como Valdir Bigode (ex-Vasco), Zinho (ex-Flamengo) e Rogerinho (ex-Botafogo).
Em 1991, Marquinhos Pitbull disputou seu primeiro campeonato como profissional pelo Atlético, de Jerônimo Monteiro. Depois, passou por Comercial, de Muqui (1992), Castelo (1993) e Desportiva Ferroviária (1994), quando conquistou o primeiro título e ficou em 4º lugar no Módulo Azul e Amarelo do Campeonato Brasileiro. Também atuou por Linhares, Alegrense, Associação Atlética de São Mateus e Serra.

Treinador e momento especial
O jogador elege o principal treinador com o qual trabalhou na carreira. “Tenho admiração por todos os técnicos que já passaram pelo futebol, mas Cosme Eduardo foi, sem dúvida, um grande treinador”, destaca.
Já o momento especial da carreira ele afirma que foi ter disputado o Campeonato Brasileiro, com a vitória jogando pelo Serra contra o Fluminense, por 2 a 1, em pleno Maracanã, um palco que já conhecia das categorias de base do Campo Grande (RJ), onde jogou várias vezes.
“A equipe do Serra era de qualidade, tínhamos união e sabíamos que seria difícil, mas acreditávamos que poderíamos conseguir se todos ajudassem, e foi exatamente o que aconteceu”, recorda.


Futebol capixaba
Marquinhos Pitbull ainda vê o futebol capixaba como “apenas um campeonato de futebol profissional sem valorização”, assinalando que não vê nenhum dos atletas locais indo para “equipes de grande força de outros estados”.
“Embora antigamente tivéssemos uma grande quantidade que saiu para clubes ditos grandes, como Tiago (Ponte Preta e Palmeiras), Daniel (Corinthians), Faioli (Vasco), Betinho (Santa Cruz), Garcia (Singapura), Aílson (Volta Redonda) e outros, hoje não vejo ninguém saindo”, frisa.
Ele revela que desanimou do futebol capixaba, porque, na sua opinião, há um grupo de diretores que visam lucrar e não desenvolver o futebol. “A solução seria investir em atletas profissionais e qualificar os diretores, que atualmente parecem pensar apenas em si próprios”.
Uma decepção que o ex-jogador aponta é que, na época em que jogava, não haviam empresários como nos dias atuais.


Família
Marquinhos Pitbull assinalava que a esposa, Ivanete Maria Pin Salles, e os filhos Lineker e Lorenzo o apoiaram até o fim da carreira como jogador de futebol profissional: “A família teve um papel fundamental”.
Atualmente, Marquinhos trabalha como professor de Educação Física, prestando serviços na rede pública e privada. O futebol continua presente em sua vida, pois desenvolve um projeto de futebol não competitivo.
CENSURA ZERO – AQUI TEM CONTEÚDO! | REDAÇÃO MULTIMÍDIA | COLABORAÇÃO: LÉO CUNHA
