
Um policial militar da reserva, de 57 anos, foi preso suspeito de estuprar uma adolescente de 12 anos em Marataízes, litoral Sul do Espírito Santo, na tarde desta terça-feira (4/11).
O crime foi descoberto após a vítima voltar da escola vestindo uma roupa diferente da que havia ido para o colégio. A mãe perguntou quem teria dado as roupas a ela, que explicou ter recebido de presente do policial. A mãe disse que devolveria a roupa, momento em que a menor revelou ter sido abusada sexualmente pelo suspeito.
“Quando minha filha chegou em casa com a roupa nova, ela disse que foi um rapaz que deu a ela, mas não falou quem era. Eu disse que ia pegar a roupa e devolver e ela me disse: ‘mamãe, ele me estuprou’”, disse a mãe da menor, que não quis se identificar.
A mãe da vítima e policial da reserva se conhecem há muitos anos porque trabalharam juntos em uma padaria. Ela no balcão e ele como segurança do estabelecimento.
A mulher confrontou o suspeito, que negou os crimes e alegou que a menor havia roubado dinheiro dele e estaria tentando incriminá-lo. “Ele ainda tentou chamar minha filha de ladra, dizendo que ela tinha roubado dinheiro dele e comprado a roupa”, disse a mulher.
Polícia acionada
A polícia foi acionada e foi até a casa do PM aposentado. No local foram encontradas uma arma de brinquedo, além de uma pistola calibre 32 municiada e com a numeração raspada. Ele foi preso em flagrante por porte ilegal de arma e estupro de vulnerável.
A mãe da adolescente afirmou que acredita que o suspeito tenha feito outras vítimas na cidade.
“Ele nunca mais vai fazer isso com a filha de ninguém. Ele está na cadeia e é lá que vai ficar, se depender de mim. Ele já deve ter feito isso com outras meninas e as mães não sabem. Isso serve de alerta para nós, que somos mães, que a gente não deixe a filha na esquina, não deixe a filha sair sozinha”, disse.
Ainda segundo ela, o caso deixou a menor e a família totalmente traumatizadas. A adolescente está com vergonha, inclusive, de sair de casa.
“Nunca pensei em passar por isso. Levantar a cabeça e andar de cabeça erguida vai ser difícil, sendo que todo mundo sabe. Eu estou arrasada, preferia ter tomado um tapa na cara do que passar por isso”, afirmou a mulher.
Faxina
No momento da prisão, o policial da reserva alegou que a menor tentou incriminá-lo após uma discussão. Ele afirmou que a menina teria se oferecido para dar faxina na casa dele por R$ 30.
Ele então teria entregado um cartão para que a menina comprasse uma roupa, mas ela acabou gastando além do combinado, conforme contou o delegado Thiago Viana.
“Fomos com o Serviço Reservado da PM e chegamos à casa dele. Quando ele viu que era polícia, abriu a porta, porque a casa estava toda trancada, e reagiu com surpresa. Ele alegou que a menina passou na casa dele e iria fazer uma limpeza. Ele teria entregado o cartão para ela comprar uma roupa, só que a menina gastou mais do que o combinado e teria gastado R$ 300. Ele alega que eles teriam discutido e por conta disso ela teria feito a denúncia”, relatou.
Além dos crimes pelos quais foi autuado, o policial da reserva já tinha passagem por duas tentativas de homicídio e porte ilegal de arma.
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