POR DÔRA NEVES*
A falta de vínculo causa o transtorno do distanciamento, da ausência de conexão, gerando na pessoa a característica de pobreza emocional. Não há alegria, não há aflição, não há culpa, não há remorso.
A consciência não pôde ser formada, nem as qualidades de auto-observação e autocrítica se desenvolvem. As pessoas que não conseguem estabelecer vínculos humanos são fortes candidatos para despertar evocação e especialização para o crime. Nas mulheres, e entre os homens também, a prostituição é a extensão profissional para uma condição de morte emocional.
São indivíduos que não recebem afeto e ternura em suas relações parentais e se tornam indiferentes para com os outros, até cruéis, e para com a vida. E apresentam completa ausência de conexões humanas.
Uma criança que não aprende a vincular-se até a idade de três ou quatro anos não pode mais criar vínculos com facilidade, mesmo quando é provida de todos os elementos favoráveis à criação de laços humanos. Cria-se em lugar deste vinculo um espaço oco, de vazio, indiferença e insatisfação.
Este lugar dentro do ser é preenchido por outros sentimentos que afetam a personalidade e as relações interpessoais. Tais sentimentos são: desconfiança, medo de ser rejeitado, necessidade de aprovação, insegurança, inflexibilidade, falta de autonomia, falta de capacidade para se relacionar, falta de respeito pelos outros.
Começa, a partir daí, uma corrida desenfreada em busca de compensações fora do seu eixo e a consequência é o escoamento da consciência e das forças vitais. É preciso primeiro “ser” para depois “ter”.
O autoamor é estado de ser caracterizado pela auto satisfação que leva a auto realização, e, que se expande para uma atitude de otimismo perante a vida e as pessoas. Amar a vida é uma consequência do amor a si mesmo. O amor é aprendido por demonstração. E é afetado pela sua negação.
Estudos mostram que o ser privado do amor primordial (pai, mãe e afins), e onde essa conexão é interrompida, existem tendências de se formar uma personalidade, mórbida, cruel e psicopata.
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*Dôra Neves é formada em Psicanálise Clínica, licenciada em Pedagogia (Supervisão e Orientação) e Terapia Holística.
Contato: Celular – (27) 98134-3908
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