POR DÔRA NEVES*

O comportamento humano é algo relevante perante os estudos da Ciência Mental.
Tendenciamos a enaltecer o prazer e abominar a dor, por não entendermos qual dos dois nos proporciona o mais importante aprendizado e porque acreditamos que o prazer é mais necessário que o desprazer, nos desprendendo da outra parte de nós que não encontra espaço para se revelar.
Na teoria dos conflitos internos, Freud descreve a origem deste, no atrito entre duas forças instintivas (vida e morte) que, indo muito além de uma compreensão linear, constantemente transporta o ser para um estado de descompensação e repressão do que chamamos bem-estar ou felicidade.
A busca pelo prazer não elimina o desprazer e conviver com o desconforto que esse conflito apresenta. Para muitos, é assustador, passando de uma busca saudável pela liberdade de se expressar para um esforço descontrolado de satisfação “compulsória”, que libera um “bem-estar” momentâneo, para logo depois sobrecarregar de culpa a pessoa que não é suficientemente capaz de dominar os impulsos vindo do subconsciente, manipulados pelo Ego.
Quando nos referimos ao Ego (instância da mente que processa, julga e regula a realidade), estamos falando do “Eu”, ainda inconsciente da força que o levará a um estado de “consciência” reflexiva e iluminadora. Por trás dessa “cortina de ferro”, vamos encontrar os verdadeiros PADRÕES MENTAIS, sabotadores de toda a existência ordenada.
A consciência do Ser, começa pelo reconhecimento – do Eu interior – (formado e regulado por crenças, sentimento, pensamento e realidade externa). Essa realidade permite que, ao se fazer a escolhas inteligentes conclui-se que o aprendizado foi consumado, entre o bom e o ruim, o certo e o errado, o belo e o (desagradável) feio. O contrário disso, torna o ser não ajustado ao que se considera como viável e aceitável no convívio em sociedade e com os grupos e outros pares.
As rupturas do ego dentro desse conflito, gera uma “vergonha tóxica”, capaz de afastar qualquer possibilidade de a pessoa se erguer perante, o si mesmo, criando uma enorme RESISTÊNCIA entre o Ser o não Ser. E uma grande confusão se instala em toda vida psíquica.
Transforme sua vida mudando suas crenças sobre qualquer aspecto e tudo ao seu entorno mudará!
Cure a “Si Mesmo”, e Seu Mundo Interno e Externo será Transformado.
PENSAMENTOS CONFLITANTES
O início dessa transformação se dá quando se entende o mundo interno, onde ocorre esses processos, e deixar para trás os pensamentos conflitantes com as emoções indesejadas.
Toda carga emocional que carregamos tem relação com a educação que recebemos de nossos pais, das instituições que frequentamos, da religião e da sociedade onde vivemos. Sendo elas boas ou não tão desejáveis
O mundo pós-moderno promove um outro tipo de sofrimento, relacionado à imagem que fazemos de nós mesmos e procuramos nos enquadrar nos padrões de comportamentos ajustados aos níveis de competitividade. Nesta condição, passa-se a não aceitação de si e/pelos outras pessoas, nos variados aspectos da existência, afetando significativamente a autoimagem e a autoestima.
O ego ou a “persona” (imagem que fazemos de nós mesmos) passa mascarar este sofrimento emocional construindo mecanismos inconscientes de defesa, que chamamos de repressão, auto rejeição, automutilação e, a somatória destes processos inconscientes, levam à AUTOSSABOTAGEM (sentimento de repulsa a tudo o que está relacionado à autoimagem), anulando o potencial humano.
A pessoa com esse tipo de problema, não tem paz. Ela necessita de ajuda. E é aí que entra a importância de um tratamento psicoterapêutico. Ela não dá conta de sair deste sofrimento sozinha, e sem um encontro decisivo com sua “interioridade”.
O procedimento é: mudar essa imagem distorcida de si mesmo, através do reconhecimento destas incongruências através de um potente trabalho de autoconhecimento.
Existe um universo de possibilidades e precisamos desvendá-lo. Tanto nós, terapeutas, quantos nossos clientes ou consulentes.
Os mistérios da vida estão aí para desvendarmos, e jamais ignorá-lo.
Mãos à obra. Vamos à luta!
NAMASTÊ!



