
O ex-deputado estadual do PT Paulo Frateschi, 75, morreu esfaqueado nesta quinta (6/11), em São Paulo.
De acordo com boletins de ocorrência, policiais militares foram acionados para verificar a “ocorrência de indivíduo esfaqueado no local dos fatos”, na Rua Ponta Pornã, na região da Lapa.
Assim que chegaram, a vítima “estava caída na cozinha do imóvel, com um ferimento na região do abdômen”. Eles afirmam ainda no registro que, “segundo informações, o filho da vítima, identificado como Francisco Frateschi, esfaqueou o pai em um momento de surto”.
Um outro relato policial afirma que houve registro de ocorrência “em âmbito familiar envolvendo a vítima e o ex-parlamentar Paulo Frateschi, na qual, após desinteligência com seu filho”, agrediu o pai “utilizando uma faca, atingindo no abdômen e braço, sendo o pai socorrido no Hospital das Clínicas”.
Dirigente histórico do PT
Ex-presidente estadual do PT de São Paulo, dirigente histórico do partido e amigo pessoal de Lula, Paulo Frateschi iniciou sua atuação política durante a ditadura militar, quando integrou a Ação Libertadora Nacional (ALN). Foi preso em 1969, aos 19 anos. Com a volta da democracia, foi anistiado.
Frateschi já tinha perdido dois filhos e estava se recuperando de um câncer.
Em 2002, o filho Pedro Frateschi, de 7 anos, morreu em um acidente na Rodovia Carvalho Pinto, no município de Guararema (a 76 km de São Paulo). Ele estava voltando com a família de Parati. O carro era dirigido pela mulher de Frateschi, Iolanda.
Um ano depois, outro filho, Júlio Frateschi, de 16 anos, morreu também de acidente de carro. O adolescente, segundo a Polícia Rodoviária Federal informou na época, dirigia um carro que capotou com ele e mais três pessoas, no quilômetro 572 da Rodovia Rio-Santos, entre Parati e Angra dos Reis, no litoral fluminense. No carro, também estavam a irmã de Júlio, Luiza Viana Frateschi, 19, e mais dois primos.
O velório de Júlio foi acompanhado por Lula e pelos então ministros Antonio Palocci (Fazenda) e José Dirceu (Casa Civil), a então prefeita de São Paulo, Marta Suplicy, e o então presidente nacional do PT, José Genoino. Frei Betto, frade dominicano e então assessor da Presidência, fez uma celebração com a presença de Lula.
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