Cobrado por outros integrantes do G-8, o grupo de oito vereadores fechados com o prefeito Daniel Santana na Câmara de São Mateus, o presidente Paulo Fundão, o Paulinho VG (PP), manifestou-se sobre o recente episódio envolvendo o líder do prefeito Cristiano Balanga e o também vereador Gilvan da Federal, no Legislativo de Vitória. Balanga foi enxotado por Gilvan, quando tentou interromper um duro discurso do bolsonarista contra o prefeito Daniel da Açaí, indiciado pela Polícia Federal como “chefe de uma organização criminosa que se apoderou da Prefeitura de São Mateus”.
Na quinta-feira (13/04), Balanga visitou a Câmara de Vitória a convite do vereador Anderson Goggi e foi repudiado por Gilvan da Federal, que destacou que não “bate palma para apoiador de bandido e corrupto”, referindo-se a Balanga, um dos oito que votaram contra o impeachment do prefeito de São Mateus, que chegou a ficar preso por 10 dias após a Operação Minucius, da Polícia Federal, e acabou indiciado por corrupção, lavagem de dinheiro, fraudes em licitação e organização criminosa.
“Eu sou daqueles que preferem desprezar pessoas da índole desse edil, que é chamado Gilvan da Federal”, afirmou Paulinho VG, que é advogado e abusa do juridiquês em seus discursos. Ele atacou o parlamentar da Capital chamando-o de “homúnculo”, que significa “homem sem importância, abjeto, vil, ridículo”.
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IMPEACHMENT E CAMARÃO VG
O presidente da Câmara fez parte da tropa de choque do Legislativo mateense que atuou, de dentro para fora, para inviabilizar os trabalhos da Comissão Processante que apurou a denúncia e aprovou parecer pelo impeachment do prefeito Daniel da Açaí. No entanto, o G-8 votou contra o relatório, impedindo a cassação do mandato do Chefe do Executivo.
Além de chamar a atenção por atuar como “advogado de defesa” de Daniel na votação do impeachment, Paulo Fundão deu palanque, em duas oportunidades, para o prefeito de São Mateus achincalhar o presidente do inquérito da Polícia Federal que o indiciou, o delegado Patrick Cazelli, inclusive com acusações graves à esposa do policial e outros familiares dele.
NA MIRA DO MINISTÉRIO PÚBLICO
Paulinho VG está na mira do Ministério Público Estadual (MPES) por ter gasto R$ 170 mil, em plena pandemia, com uma festa restrita a 400 pessoas, regada a picanha argentina e camarão VG. A sessão solene, que ficou conhecida como rega-bofe do camarão VG, teve licitação irregular e favoreceu a empresa Multiface Serviços e Produções Ltda, investigada pela Polícia Federal. O empresário Caio Donatelli, que foi homenageado pela Mesa Diretora, acabou preso com o prefeito na Operação Minucius e, posteriormente, indiciado em inquérito policial.
Conhecido por bajular autoridades do Poder Judiciário, em outubro de 2021, Paulo Fundão pagou os R$ 170 mil ao empresário indiciado pela PF mesmo depois de a Justiça Federal ter determinado a suspensão de todos os contratos da Multiface com o Município de São Mateus. Na época, a determinação judicial foi cumprida pelo Poder Executivo, comandado pelo então prefeito em exercício Ailton Caffeu.
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