Morador de Guriri, o professor aposentado Manoel Aranha, que foi vice-diretor do Ceunes, publicou uma carta aberta nas redes sociais e grupos de WhatsApp endereçada ao prefeito de São Mateus, Daniel Santana, o Daniel da Açaí.
Na mensagem, Manoel Aranha faz questionamentos e dá sugestões ao prefeito de medidas que podem, segundo ele, podem (ou devem) ser adotadas em favor dos trabalhadores e das famílias de São Mateus neste momento de prevenção ao Coronavírus.
Confira a carta aberta, na íntegra:
Ao Sr. Daniel da Açaí – Prefeito da Cidade de São Mateus
Prefeito, boa tarde!
Excelência, vossa é rotulado e conhecido como um prefeito festeiro, cantor de trio elétrico – com a inovação de trazer cavalo para avenida, sem se preocupar com os riscos dessa atitude -, como o prefeito das classes menos abastadas (da periferia), como o prefeito que transformou rotinas administrativas obrigatórias como fatos (obras) relevantes, como o prefeito que tem “transformado” Guriri…
Nestes tempos de pandemia de Codiv-19, pergunto a vossa:
▪︎ Quais as iniciativas e ações, concretas efetivas, que a administração municipal está desenvolvendo nessa pandemia que se quer chegou ao seu pico aqui na Cidade?
▪︎ É sabido que uma parcela significativa de moradores do município tem uma renda baixa, muitos não tem renda fixa, pois vivem da prestação de serviços (bicos), que com o passar dos dias, as coisas vão ficando muito mais difíceis para elas. O que está sendo feito para minimizar o problema?
▪︎ Essas pessoas estão precisando de sabão, álcool, álcool gel, cloro, detergente e outros produtos que possam ajudar nessa situação. Que tal uma reunião com todo o comércio-fim desses produtos para viabilizar essa prevenção?
▪︎ O senhor, como gestor e principal responsável pelo Município, lembrou que as pessoas de baixa renda logo, logo passarão, mais ainda, necessidades financeiras? Como ajudá-las? Com um cheque mensal, com cestas básicas? Como seria feita essa distribuição para que 100% chegue a quem deve?
▪︎ Com a permanente crise de sua administração, notadamente na área da saúde e numa situação tão crítica, como a questão será resolvida? Contratando profissionais e técnicos da área em em regime de urgência?
▪︎ Já foi feito uma parceria/convênio com o Ceunes e demais instituições privadas de ensino superior que têm cursos na área da saúde?
▪︎ O que está sendo feito para aumentar o número de respiradores e leitos hospitalares? Caso necessário, usar-se-ia hotéis e escolas para emergência? Como equipá-los?
▪︎ Será que somente subir em um trio elétrico e sair por algumas ruas da cidade, pedindo para as pessoas terem cuidado e ficarem em casa vai resolver? Conhecendo o jeito brasileiro de ser, aliado ao hábito de minimizar os perigos, por que não uma reunião com todas as lideranças comunitárias e órgãos específicos da saúde e de outros segmentos para esclarecer e, inclusive, ouvi-los, para o poder público saber como agir?
▪︎ O que está sendo feito para “controlar” os teimosos dos grupos de risco que têm resistência à quarentena?
▪︎ Existe algum telefone para que as pessoas recebam orientação sobre a situação?
▪︎ Para que as pessoas não saiam de casa não seria bom reunir com o comércio, especialmente supermercados, farmácias, restaurantes e similares, para aumentar o serviços de entrega?
Festa é muito bom, porém atenção às questões de uma pandemia, é melhor ainda!
Prof. Msc Manoel Aranha, aposentado do Ceunes-Ufes
Guriri, São Mateus-ES, 22/03/2020
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