Dos quase 209 milhões de habitantes da República Federativa do Brasil, segundo estimativa para 2019 com base nos dados do censo 2010, chegamos à marca de 102 milhões de usuários na rede social Facebook e 64 milhões no Instagram. Um relatório da Hootsuite do We Are Social apresenta o Brasil em terceiro lugar no ranking de tempo de uso diário na internet, são 9 horas e 14 minutos. Ficando atrás apenas da Tailândia e Filipinas.
O acesso ilimitado e irrestrito sobre aquilo que vai ser publicado, pode fazer com que o mundo digital se torne terra sem lei. Cada usuário publica, compartilha e comenta o que quiser sobre qualquer assunto sem preocupação alguma com a veracidade dos fatos. Foi exatamente o que aconteceu durante o processo eleitoral em 2018.
Grupos políticos de esquerda acusavam os da direita de disseminarem falsas notícias com o intuito de prejudicar o candidato Haddad, assim como grupos da direita acusavam os da esquerda de criarem as famosas e tão comentadas fake news a fim de denegrir e derrubar o candidato Bolsonaro.
As agências Lupa, Aos Fatos e o projeto Fato ou Fake, tiveram que desmentir 104 fake news que relacionavam os candidatos Fernando Haddad e Jair Bolsonaro durantes as campanhas eleitorais do primeiro e segundo turnos. Entre os boatos mais compartilhados está uma foto, do dia 17 de setembro de 2018, de um suposto ato pela saúde de Bolsonaro, após o esfaqueamento que sofrera durante a campanha. Essa falsa notícia alcançou a marca dos 238,3 mil compartilhamentos no Facebook.
A verdade sobre a foto referia-se à aglomeração de torcedores assistindo a um jogo da seleção brasileira contra a Sérvia, na Copa Mundo, em uma avenida na cidade de Campinas, SP. A matéria original foi publicada anexada a um vídeo no jornal Correio, com o título de ‘’Megatelão bate recorde de público’’, 28 de junho de 2018, às 07h25.
‘É ASSIM QUE EU VOTO’
Com o intuito de contribuir para que as eleições municipais de 2020 não ocupe as primeiras páginas dos jornais e portais de notícias, apontando vantagens e desvantagens por conta de falsa notícias, o jornalista e cientista político Carlos Irineu lança a segunda versão do guia ”É assim que eu voto” que percorre por caminhos curtos e objetivos, a fim de fazer com que o cidadão entenda como funciona o processo eleitoral, as funções dos parlamentares tanto dos Poderes Executivo e Legislativo, as consequências do voto quando usado de maneira incorreta e dicas de como identificar um notícia falsa.
”O objetivo deste trabalho não é, em hipótese alguma, ditar regras nem mesmo influenciar a forma como você deve votar, apesar de o título ser passível de inúmeras interpretações. Estou certo de que, após a leitura deste guia, você estará intelectualmente capacitado para transmitir ao grupo de amigos e familiares a forma como você vota, além de direcioná-los e orientá-los sobre a importância e o valor do voto dentro de uma democracia”, comenta.
CENSURA ZERO – AQUI TEM CONTEÚDO! | REDAÇÃO MULTIMÍDIA