O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal, acusou Ernesto Araújo, ministro das Relações Exteriores do governo Jair Bolsonaro, de propagar fake news institucionaliza na noite desta quinta-feira (10/03). A informação é do UOL.

O chanceler havia criticado, no Twitter, uma matéria do serviço em inglês da rede de TV CNN, que publicou uma reportagem sobre a situação da pandemia no país, com o destaque “Brasil relata o dia mais mortal para a covid-19”.

Postou Araújo, em inglês: “A CNN entende tudo errado sobre o Brasil e a covid. Aqui estão os fatos: Após uma decisão do Supremo Tribunal de abril de 2020, os governadores dos Estados – não o presidente – têm, na prática, toda a autoridade para estabelecer/gerir todas as medidas de distanciamento social”.

Horas depois, Mendes respondeu ao tuíte, escrevendo, também em inglês: “FAKE NEWS! A verdade é que o Supremo Tribunal Federal decidiu que as administrações federal, estadual e municipal têm competência para adotar medidas de distanciamento social. Todos os níveis de governo são responsáveis pelo desastre que enfrentamos”.

https://twitter.com/gilmarmendes/status/1369833851049177088?s=20

A informação inverídica de que a decisão do STF eximiu o Governo Federal vem sendo usada sistematicamente pelo Presidente da República e membros de seu governo para justificar a falta de coordenação e de articulação nacionais para medidas de isolamento social. Jair Bolsonaro tem feito duras críticas a quarentenas e bloqueios totais, os chamados lockdowns, e promovido aglomerações.

A postagem do chanceler abriu uma série de tuítes em que ele trouxe números defendendo a atuação do Governo Federal durante a pandemia.

Em um deles disse que Bolsonaro enviou uma delegação a Israel que estabeleceu mecanismos de colaboração com institutos de pesquisa. E citou o spray nasal, que vem sendo defendido pelo presidente, dizendo que ele é “indiscutivelmente o medicamento mais promissor para a covid-19 atualmente em teste em qualquer lugar”. A declaração, contudo, carece de fundamentação, uma vez que o produto ainda está em fase de recrutamento de voluntários para testagem.

CENSURA ZERO – AQUI TEM CONTEÚDO! | REDAÇÃO MULTIMÍDIA