O governador Renato Casagrande (PSB) e a Secretaria de Estado da Segurança Pública e Defesa Social (Sesp) seguem dando de ombros à situação grave enfrentada pela sociedade de São Mateus com a atuação da milícia digital (gabinete do ódio), o sistema paralelo criminoso de comunicação que funciona com apoio incondicional da estrutura oficial da Secretaria Municipal de Comunicação (Secom-PMSM), a partir de aval do prefeito Daniel Santana, o Daniel da Açaí (sem partido).

As inúmeras ocorrências levadas ao conhecimento do Governo do Estado e, especialmente, da Secretaria de Estado da Segurança Pública quanto a ataques pesados com fake news institucionalizadas comandados contra autoridades, cidadãos de bem e jornalistas considerados opositores à gestão municipal não têm sido suficientes para ter a atenção do Governo do Estado e, especialmente da Sesp.

Entre as vítimas dos criminosos estão autoridades do Ministério Público, como o promotor de Justiça Edilson Tigre Pereira, aliados de primeira hora do governador Casagrande, como o ex-deputado Freitas (PSB), e amigos pessoais do Chefe do Executivo Estadual, como o ex-prefeito Amadeu Boroto. Sem contar que o próprio prefeito Daniel Santana já achincalhou e fez ameaças ao chefe da Delegacia da Polícia Federal, delegado Patrick Cazelli, extensivas a familiares dele, em plena tribuna da Câmara de Vereadores, quando do processo de impeachment, em fevereiro de 2022.

“O pior é ver o Casagrande visitando São Mateus como se estivesse passeando em Fernando de Noronha, alinhado com os praticantes de crimes absurdos na Cidade. É fato que ele se omite de reconhecer a realidade preocupante para quem mora no Município, por conta da parceria que mantém com o prefeito Daniel da Açaí”, destacou uma liderança empresarial que preferiu não ter o nome divulgado, temendo retaliações. Esse empresário participou de recente solenidade de entrega da avenida principal do Polo Industrial, na quinta-feira (30/03).

DISCURSO DURO DE FUNDÃO CONTRA DANIEL

A Câmara de São Mateus, que nessa legislatura passou dois anos de olhos fechados aos desmandos da gestão municipal praticados com uso do gabinete do ódio, já adota postura favorável à Comunidade Mateense. De aliado de Daniel e apoiador da milícia digital que assessora o prefeito, o presidente do Legislativo Paulo Fundão (PP) e a família dele passaram a ser vítimas, depois que o vereador se rendeu à mobilização popular contra o empréstimo de R$ 100 milhões pretendido pelo Chefe do Executivo.

Fundão subiu o tom contra Daniel e seu gabinete do ódio, destacando que “São Mateus corre risco de se transformar na belicosa Colômbia dos anos 80 e 90”. Na sessão ordinária de terça-feira (28/03), ele lembrou que, “naquele cenário sombrio, com protagonismo do implacável narcotraficante Pablo Escobar, o ambiente era de intimidações, torturas e assassinatos aos opositores”. E afirmou com veemência: “Amo a minha família de forma incondicional. E hoje tenho que vir aqui para defender a honra e a moral de minha família de bandidos, criminosos, que não têm escrúpulos, que vivem muitas vezes drogados, e outros que já foram presos”.

APELO AO GOVERNADOR E INSTITUIÇÕES

Paulo Fundão admitiu da tribuna da Câmara que “a milícia digital é oriunda da Secretaria de Comunicação da Prefeitura de São Mateus” e, para enfrentar o sistema criminoso, destacou que já enviou ofícios a autoridades, órgãos e instituições de São Mateus e do Estado do Espírito Santo: “Ao governador Renato Casagrande, aos presidentes do Tribunal de Justiça e do Tribunal Regional Eleitoral, às polícias Civil e Federal, ao Fórum, às Maçonarias, à Ordem dos Advogados Brasil (OAB São Mateus e Espírito Santo), ao Ministério Público, aos empresários, à Igreja Católica (bispo Dom Paulo Bosi e todas as paróquias mateenses), ao presidente do Conselho de Pastores”.

“São Mateus não pode se transformar numa Colômbia”, afirmou o presidente da Câmara de São Mateus, lembrando que décadas atrás o narcotraficante Pablo Escobar mandava matar aqueles que divergiam dos interesses dele. “Hoje não se mata a pessoa, mas a honra, a moral. Tenta matar, tenta intimidar, como fizeram com o vereador Gilton Gomes”, disse Fundão, solidário ao colega parlamentar, alvo de pichações com frases de intimidação na casa dele, no Bairro Santa Teresa (Ponte), na madrugada de terça-feira (28/03).

Dando sequência ao discurso contundente contra o gabinete do ódio que atua a mando do prefeito Daniel da Açaí, que atacou sua família, Paulo Fundão salientou que, mesmo entre os narcotraficantes da Colômbia, havia limites no tratamento a adversários: “Com família não se mexe. Família se respeita. E, infelizmente, pessoas inescrupulosas têm atacado famílias. Não têm escrúpulos. São Mateus precisa de um corretivo, que vai vir. Esse corretivo vai vir dentro da lei. A Cidade de São Mateus não pode e nem deve ficar acuada. É preciso união para combatermos essas fake news”.

NOTA DA REDAÇÃO:

A Direção de Jornalismo e Conteúdo do CENSURA ZERO reafirma aos seus Leitores/Internautas e à Comunidade do Espírito Santo a sua plena disposição em atuar no cumprimento do papel social do Jornalismo Profissional, com sua linha editorial independente e que prioriza o noticiário sobre gestão pública, políticas públicas e demandas comunitárias, dando sua contribuição para a paz e a justiça social.

Os princípios e valores cristãos, morais e éticos fortalecem-nos diariamente, encorajando-nos na luta árdua para exercer a atividade jornalística, mesmo diante das perseguições, das retaliações e do embrutecimento de um sistema político viciado, alicerçado em interesses cruzados inconfessáveis.

Há em nós a certeza de que autoridades públicas que usam o poder que lhes foi outorgado e a sua legítima influência político-social em benefício próprio ou de grupos desconhecem o verdadeiro sentido do serviço ao próximo e da doação aos que precisam do poder público, em menor ou maior escala. Essas pessoas, ainda que durem um tempo, dois tempos ou três aproveitando-se das funções relevantes de seus cargos, passarão.

Seria excelente que se arrependessem dos males que praticam, pensando estarem às escondidas em seus acordos nada republicanos, para ficar apenas no campo físico da gestão.

É incontável o número daqueles(as) que emprestam seus nomes a ruas, monumentos, bairros, construções, cidades, instituições e até estados, ainda venerados neste mundo, que, após voltarem ao pó, sofrem terrivelmente as consequências de pecados que, embora tendo diversas oportunidades, nunca confessaram por estarem alicerçados na areia movediça da sensação de impunidade, embriagados com o poder efêmero e soberbos à existência do Deus Criador!

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