Três fatos marcaram a semana do audacioso projeto de logística que a Petrocity Portos S.A. desenvolve para “transformar o Espírito Santo no hub port do Brasil”, conforme expressão do diretor-presidente da companhia, José Roberto Barbosa da Silva: a aprovação do projeto pela Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq), a reunião técnica com o Iema e o entusiasmo do governador de Minas Gerais, Romeu Zema, tanto com o projeto do Centro Portuário de São Mateus (CPSM) em Urussuquara, São Mateus-ES, quanto da ferrovia Minas-Espírito Santo (EFMES).

“Minas tem produção, tem carga, mas não tem porto e nem ferrovia para escoar a produção. Parabéns pelo excepcional projeto. Vou falar com o Casagrande [Renato Casagrande, governador do Espírito Santo] para intensificarmos o apoio a esses projetos, pois são muito bons para o Espírito Santo e para Minas Gerais”, afirmou o governador mineiro.

Esta foi a reação do governador Romeu Zema (NOVO) ao conhecer os projetos da Estrada de Ferro Minas-Espírito Santo e o Centro Portuário de São Mateus (ES), em audiência concedida ao diretor-presidente da Petrocity, José Roberto Barbosa da Silva, no Palácio Tiradentes, na quarta-feira (22/10).

COMPLEXO CAPIXABA

O executivo aproveitou a oportunidade para assegurar a Romeu Zema que, “a partir de agora, Minas terá não somente um porto, mas também a estrada de ferro”. Durante a exposição, José Roberto falou dos outros projetos capixabas, como os portos da Inmetame, em Aracruz, e do Porto Central, no Sul do Estado. “Estamos tratando do grande hub portuário em que vai se transformar o Espírito Santo”, disse.

A audiência foi agendada pelo deputado estadual Tito Torres (PSDB), que também estava presente e vem apoiando o projeto desde janeiro deste ano, quando foi assinado o termo de cooperação entre a Petrocity e o Governo do Espírito Santo.

Pela manhã, José Roberto esteve em Pedro Leopoldo, a convite do prefeito Cristiano Marião, onde se reuniu, também com o presidente da Câmara, vereadores, dirigentes de entidades e empresários, oportunidade em que apresentou o projeto da Estrada de Ferro Minas-Espírito Santo.

O representante do BH Airport, que administra o Aeroporto de Confins, interessou-se em fazer uma parceria com a Petrocity, ficando agendada uma reunião para novembro. A ideia do projeto da EFMES é que haja uma Unidade de Transbordo e Armazenagem de Cargas (UTAC) também no Aeroporto Internacional de Confins.

CONTRATO DE ADESÃO

Referendando decisão da Reunião Ordinária da Diretoria Executiva realizada em 17 de outubro de 2019, a Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq) publicou no Diário Oficial da União a Resolução 7.312, de 21.10.2019, em que reconhece a possibilidade de celebração de contrato de adesão a ser firmado entre o Ministério da Infraestrutura e a Petrocity Portos S. A. para construção do terminal privativo do Centro Portuário de São Mateus.

A publicação foi no Diário Oficial da União, página 24, de 22 de outubro, e, por meio da adesão, o poder concedente, no caso o Minfra, outorgará a autorização para construção e exploração do terminal para movimentação e/ou armazenagem de carga geral, carta conteinerizada e granel líquido, atendidas as exigências da Lei 12.815 e o Decreto 8.033/2013, bem como o disposto na convocação pública nº 04/2019 da Antaq.

Diante disso, o presidente da Petrocity, José Roberto Barbosa da Silva, anunciou que já pediu ao ministro Tarciso Freitas, da Infraestrutura, a realização de audiência para tratar da assinatura do contrato de adesão. Até o início da próxima semana, ele já terá a data da audiência marcada. “Este é mais um passo importante para o início das obras do porto”, disse José Roberto.

LICENÇA AMBIENTAL

No mesmo dia em que era publicada a Resolução da Antaq, José Roberto e mais 16 consultores que participaram da elaboração do processo de licenciamento ambiental estiveram em reunião com técnicos do Instituto Estadual de Meio Ambiente (Iema) para refinamento do documento.

“O Iema nos informou que 75% da análise já está concluída e que até meados de novembro deverá liberar o seu parecer. Eles nos pediram alguns pequenos ajustes, que já estamos fazendo. Este é um processo normal diante de um processo tão complexo como o nosso, que tem mais de 5 mil folhas. São muitos detalhes para que nada fique para trás”, disse José Roberto.

CENSURA ZERO – AQUI TEM CONTEÚDO! | REDAÇÃO MULTIMÍDIA | REPORTAGEM: JORNALISTA JOSÉ CALDAS DA COSTA