Adolescente assassinada na Grande Vitória recebia diversas ameaças do ex-namorado: ‘uma hora eu te acho’

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“A notícia vai bater na sua porta”, “um dia eu te acho”, “você acha que eu estou brincando?”… Essas são algumas das ameaças feitas pelo ex-namorado de Raíssa Souza da Silva, assassinada no fim de semana em Vila Prudêncio, Cariacica. A adolescente, de 15 anos, recebeu os áudios na sexta-feira (23/04). Um dia depois, no final da tarde de sábado (24/04), as ameaças se concretizaram. As informações são do site Folha Vitória.

Nas mensagens de voz encontradas no celular de Raíssa, o homem diz que só não tinha cometido o crime ainda em consideração à mãe dela. “Você dá sorte que eu amo sua mãe como se fosse a minha mãe e ela nunca fez nada comigo. Pode sumir o tempo que for, parceira. Mas uma coisa eu vou falar pra você: uma hora eu te acho”, diz ele. 

Além dos áudios, o ex-namorado da vítima enviou também um vídeo com xingamentos, pedindo para que a adolescente aparecesse: “Você não quer olhar para minha cara não? Eu ‘tô’ só o ódio. Você vai ver, parceira. Você vai ver! Fica brincando com a minha cara, enquanto isso o tempo vai passando.”

Raíssa se relacionava com o suspeito desde os 13 anos de idade. Familiares contaram que o homem, de 25 anos, é envolvido com o tráfico de drogas da região. A Secretaria de Justiça informou que ele possui duas passagens no sistema prisional: uma em 2017, por furto, e outra em 2018, por homicídio qualificado.

O CRIME

A avó da vítima esteve no Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) e contou que a adolescente morava em Vila Velha. No sábado, ela estava na casa de familiares quando o suspeito foi até o local e, sob fortes ameaças, levou a menina para uma residência em Vila Prudêncio, onde mora o tio dela. Segundo a avó, o casal tinha o hábito de frequentar a residência. 

Vizinhos contaram que não ouviram discussão antes do crime, apenas o barulho de um tiro. Quando viu que Raíssa havia sido baleada, o tio saiu gritando e pedindo ajuda. A polícia foi acionada, mas quando chegou até o local, a adolescente já estava sem vida. 

O suspeito de efetuar os disparos fugiu e ainda não foi encontrado. A arma utilizada foi deixada no local e apreendida pela polícia. Em nota, a Polícia Civil informou que o caso segue sob investigação da Delegacia Especializada de Homicídios e Proteção à Mulher (DHPM) e até o momento, nenhum suspeito do crime foi detido. 

Ainda de acordo com a Polícia Civil, somente após a autoridade policial que estará à frente das investigações formar sua convicção, pautada na análise dos elementos coletados no inquérito policial, que se poderá afirmar a presença de uma qualificadora, inclusive a do feminicídio. 

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