Rogério de Andrade , apontado como o principal operador do jogo do bicho no Rio de Janeiro , foi preso na terça-feira (29/10) sob acusação de ordenar a morte de Fernando Iggnácio , seu rival no controle de áreas. O suspeito usou mensagens de aplicativos criptografado para determinar o assassinato.
As investigações indicam que ele teria planejado o crime no início da pandemia. Ele teria se aproveitado as medidas restritivas para expandir sua influência sobre os territórios dominados por Iggnácio.
De acordo com o Ministério Público, mensagens criptografadas em um aplicativo serviram como evidências para identificar Andrade como mandante do crime.
Nessas comunicações, Andrade, usando o codinome “CAPTANJACKS”, teria instruído Márcio Araújo de Souza, ex-policial militar e chefe de segurança do contraventor, conhecido pelo codinome “LOBO009”, a executar o assassinato.
Em uma dessas mensagens, Andrade se refere a Iggnácio como “O Cabeludo” e afirma: “O Cabeludo é o que interessa”, ao que Araújo teria respondido: “Perfeitamente”. A troca de mensagens foi considerada fundamental para a investigação que resultou na prisão de Andrade.
Além do envolvimento no homicídio, Andrade também é investigado por comandar uma rede de corrupção dentro da Polícia Civil e Militar do Rio de Janeiro.
Documentos das operações Calígula e Fim da Linha revelam que ele teria direcionado pagamentos mensais de R$ 6 milhões em propinas para delegacias e batalhões, garantindo proteção para suas atividades.
Bicheiro fez cortes de gastos
Durante a pandemia, Andrade teria ordenado um corte de 50% nos pagamentos a policiais, segundo o relatório do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) do Ministério Público.
Junto com Andrade, Gilmar Eneas Lisboa foi detido em Duque de Caxias. A Justiça determinou que Rogério seja transferido para um presídio federal, onde permanecerá sob custódia enquanto as investigações prosseguem.
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