Uma moradora confirmou a falta de papel higiênico e de água na Unida Básica de Saúde de Guriri e a falta de papel higiênico na US-3, no Bairro Boa Vista. A situação relatada é a mesma de outras diversas reclamações já encaminhadas ao CENSURA ZERO, contrastando com o que a gestão do prefeito Daniel Santana tenta passar para o público de outras cidades e autoridades da Capital, ao confirmar a Festa da Cidade pelos 479 anos de São Mateus, com gastos milionários.
“Muita falta de humanidade”, destaca a moradora que não terá o seu nome publicado, para evitar retaliações e perseguição da gestão municipal. Ela reclama também a ocorrência de “banheiros sujos e malcheirosos”.
“Eu tinha uma consulta marcada ontem [quarta-feira] de manhã na US-3 em São Mateus. Cheguei antes das 7 da manhã e já haviam oito pacientes na minha frente. O médico chegou ás 8:30h e atendeu na frente duas pessoas que não estavam na fila; e, quando eram 9:40h, ele saiu para atender uma emergência”, relatou a paciente, destacando outra situação incômoda enfrentada na unidade da rede municipal de saúde.
“Eu desisti da consulta, mas os outros, provavelmente, continuaram a esperar. E sabe-se Deus o horário que saíram de lá”, salienta a moradora, bastante desapontada. “Realmente, lamentável termos que ser literalmente humilhados quando precisamos da saúde pública”, desabafou.
A moradora destaca que a Unidade de Saúde de Guriri “nunca teve papel higiênico” para os usuários e relata que, “desde o início da pandemia, retiraram o suporte de água”. “Não basta o abandono de Guriri com lixões a céu aberto”, acrescenta.
FESTA DA CIDADE
Indagada sobre o que acha da realização da Festa da Cidade, com gastos milionários, em contraste com esses diversos problemas de São Mateus, especialmente na saúde, a moradora mostrou bastante entristecida.
“Desde que me mudei aqui, para são Mateus, que acho um absurdo tanto dinheiro gasto com festas e as ruas nessa situação que se encontra. São ruas nos buracos e não o contrário. Aqui, onde moro mesmo, é lamentável. Quando chove, não conseguimos nem sair de casa!”, enfatizou a moradora de Guriri.