A milícia digital (gabinete do ódio) existente em São Mateus há alguns anos, de forma institucionalizada, não para de agravar a reiterada prática de crimes de calúnia, difamação, injúria, além da produção e distribuição de fake news (notícias falsas) nas redes sociais e grupos de WhatsApp, causando danos graves ao ambiente da comunicação, especialmente em questões públicas.

Dessa vez, os criminosos criaram um perfil fake do prefeito de São Mateus, Marcus Azevedo Batista, o Marcus da Cozivip (Podemos), a partir de número de celular de terceiros, utilizando uma foto do Chefe do Executivo Municipal.

O prefeito confirmou a ocorrência do crime cibernético e vem usando as suas redes sociais para alertar a Comunidade Mateense sobre o perfil falso que utiliza o número de celular 27 22 99710-8757, identificado como pertencente a Marcus Azevedo. O DDD 22 é do Estado do Rio de Janeiro, utilizado por moradores que usam telefone celular em cidades como Cabo Frio, Campos dos Goytacazes, Macaé e Nova Friburgo. 

A foto utilizada no perfil criado pelos criminosos é a mesma que o prefeito Marcus Batista destaca no seu perfil pessoal no Instagram, identificado como marcusbatistacozivip.

“ALERTA. Estão usando um número falso, se passando por mim. Fiquem atentos, esse contato é falso!”, frisa o texto do prefeito com o carimbo de FAKE NEWS, divulgado nos stories do Instagram.

Marcus Batista reforça o alerta quanto ao número de celular e perfil fake de rede social, com o objetivo de evitar danos à Comunicação Pública em São Mateus: “Qualquer notícia ou informação oficial será divulgada no meu Instagram ou no da Prefeitura!”.

Polícia, MPES e Judiciário

O CENSURA ZERO não conseguiu confirmar se o prefeito Marcus Batista já fez alguma notificação oficial à polícia sobre a ocorrência do crime.

No entanto, é de domínio público em São Mateus a existência dessa milícia digital (gabinete do ódio), criada na gestão do ex-prefeito Daniel Santana, cujo objetivo sempre foi o de achincalhamento público de autoridades, cidadãos e profissionais da Comunicação que o sistema criminoso julga contrariar seus interesses.

A atuação dos milicianos digitais é de conhecimento da Polícia Militar, Polícia Civil, Polícia Federal, Ministério Público e Poder Judiciário, por conta de diversos boletins de ocorrências, queixas-crime e mais de trinta processos judiciais ativos contra esses criminosos. Há processos até de autoridades contra o gabinete do ódio, incluindo o ex-prefeito Amadeu Boroto, o ex-deputado estadual Freitas (atual diretor do DER-ES) e o promotor de Justiça Edilson Tigre.

Achincalhamento

Desde o início da gestão de Marcus Batista, há dois meses, o gabinete do ódio -que atua com sites, redes sociais e grupos de WhatsApp- busca, a partir da desinformação, causar a instabilidade da administração pública, com achincalhamento do atual prefeito e a produção e divulgação de fake news sobre serviços públicos e atos das diversas secretarias.

A tática do gabinete do ódio é exatamente inversa à da que ocorria na gestão de Daniel Santana, quando a milícia digital atuava na proteção do então prefeito e para camuflar os atos dele, que sempre esteve às voltas com processos em denúncias de organização criminosa, corrupção, lavagem de dinheiro, falsidade ideológica e improbidade administrativa.

Daniel chegou a ser preso por 10 dias e esteve três meses afastado do mandato por decisão judicial, em 2021; no ano seguinte, por ter maioria na Câmara de Vereadores, conseguiu escapar de um impeachment por improbidade administrativa. Na ocasião, xingou e ameaçou o delegado da Polícia Federal em São Mateus, Patrick Cazelli, que comandou as investigações contra o prefeito, agravando ainda mais sua situação nos processos que tramitam na Justiça Federal.

CENSURA ZERO – AQUI TEM CONTEÚDO! | REDAÇÃO MULTIMÍDIA