O presidente da Executiva Municipal do Patriota (que fundiu com o PTB e virou Partido da Renovação Democrática-PRD), Francisco Lera, reagiu ao que chamou de “enxurrada de responsabilização” ao partido por conta da cassação do mandato do vereador Delermano Suim, em função de ilegalidades constatadas na cota de gênero na chapa que disputou as Eleições Municipais de 2020. A perda de mandato foi confirmada pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE-ES), mas Delermano segue no cargo até a finalização dos trâmites regimentais.

“Houve uma enxurrada de atribuição de responsabilidade do partido na perda do mandato do Vereador Delermano Suim”, confirmou Lera em nota encaminhada ao CENSURA ZERO. Ele se refere especialmente a discursos de parlamentares feitos na Câmara de São Mateus na sessão de 24 de julho de 2023, quando Delermano fez o comunicado sobre a confirmação da perda de mandato em segunda instância, recebendo a solidariedade de colegas de Parlamento.

Lera afirma que “não procede essa afirmação, porque não houve intenção de favorecimento nenhum”. “Eu, como presidente, não era candidato. Por outro lado tinha número de mulheres além da cota exigida”, argumenta.

Com relação ao fato de ter incluído na chapa duas noras e uma filha (que entrou em substituição a uma candidata que renunciou), o presidente do agora PRD, disse “a Lei não proíbe parentes de serem candidatos na mesma chapa”.

“Há relatos de que naquela eleição teve partido que registrou pai e filha para concorrer à eleição. Eu sempre agi dentro da Lei Eleitoral e sempre tive vitória no meu trabalho. Graças a Deus, já elegi cinco vereadores: Arino Braga (dois mandatos), Florisvaldo Alvarenga, Wanderlei Segantini, Doda Mendonça e Delermano Suim. Graças a Deus, sempre tive sucesso no trabalho de composição de partido político”, salientou Francisco Lera nota ao CZ.

Lera já havia sido ouvido pelo CENSURA ZERO sobre a confirmação da cassação do mandato do vereador Delermano Suim pelo TRE-ES, mas decidiu fazer o complemento por nota, assinalando que houve repercussão negativa em função da responsabilização exclusiva ao partido.

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