Chico Rei lidera segmento online de camisetas personalizadas

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Fundada em 2008 em uma mesa no quarto de Bruno Imbrizi em Minas Gerais, a Chico Rei é líder nacional no segmento online de camisetas personalizadas. Alinhando criatividade e tecnologia para produção e venda de produtos, a marca realiza um trabalho dentro do capitalismo consciente com ideal de impacto social. Com o objetivo de dar possibilidades para pessoas interessantes se expressarem, os produtos carregam assinatura criativa e única, entregando qualidade com preço acessível, produzindo com responsabilidade e revertendo parte da renda para projetos socioambientais.

“O cheiro do tecido sempre me atraiu. Lancei a Chico Rei para o mercado de moda tradicional. No primeiro ano, a produção era terceirizada e feita para distribuir para lojistas e durante esse período não recebia de nenhum comprador. Por conta disso, saí totalmente do mercado físico para repensar a empresa para o mercado online”, conta Bruno Imbrizi, CEO e cofundador da Chico Rei.

O nome da marca surgiu da inspiração na lenda de Galanga, príncipe no Congo, que foi trazido para o interior de Minas Gerais como escravo, sendo batizado com um nome português: Francisco. Com coragem e sagacidade, Chico juntou ouro a fim de comprar sua alforria. Após sua libertação, o herói continuou trabalhando e comprou a Mina da Encardideira, de onde tirou riquezas suficientes para libertar outras centenas de escravos. Com isso, reconstruiu sua tribo do Congo, agora em terras mineiras, transformando-se em Chico Rei. A história representa exatamente o que Bruno buscava, liberdade de expressão e financeira.

ILUSTRAÇÕES EM PRODUTOS

Com investimento inicial de R$ 5 mil, hoje a empresa apresenta mais de três mil ilustrações aplicadas em produtos exclusivos que vão desde camisetas e canecas à meias e bandeiras. A marca vendeu 300 mil peças em 2019 e prevê um faturamento de R$ 15 milhões para 2020. Apesar da venda expressiva no sudeste e sul do Brasil, o nordeste tem apresentado uma forte tendência de crescimento, mudança importante para a marca que  se identifica com temáticas culturais da região. 

Atualmente, a empresa é verticalizada e apresenta boa estrutura de trabalho, com 40% acima do salário base na categoria. Todo o sistema é desenvolvido internamente com produção sob demanda e dividido em confecção, estamparia, controle de qualidade e logística de entrega. A partir deste ano, a embalagem principal para entregas não é mais feita com plástico, mas sim de papel e costuradas com selo de compensação ambiental “Eu Reciclo”.

Além disso, trabalham com 100% fibra natural de algodão sustentável, refinada e penteada, atestada pelo selo vegano PETA, que garante que os produtos da linha de vestuário da Chico Rei (camisetas e moletons) não empregam qualquer tipo de exploração animal em seus processos de produção, seja nos componentes ou nas práticas. 

IMPACTO SOCIAL

Desde 2019, todos os produtos da Chico Rei têm parte da renda revertida em impacto social através do selo Camisetas Mudam o Mundo. No primeiro ano do projeto, o foco foi melhorar as condições da Escola Municipal Santos Dumont, com 800 alunos, vizinha de bairro da empresa, em Juiz de Fora. A grande novidade de 2020 é a célula de produção na Penitenciária masculina Professor Ariosvaldo Campos Pires em uma aposta de ressocialização pelo trabalho. 

Ao todo são oito temas principais nas estampas criadas: brasilidades, cinema, games, geek, humor, literatura, música e séries. Além disso, a criação de artes divide-se nas modalidades licenciadas (com ou sem causa humanitária), que é o caso da coleção David Bowie, Milton Nascimento, SOS Mata Atlântica, Frida Khalo – a Chico é a primeira marca da América Latina a licenciar a artista para uma linha oficial de camisetas – entre outros; artistas, também com ou sem causa humanitária, Tiago Iorc e Lenine são exemplos de grandes parceiros; e a criação autoral pelo time de ilustradores. A empresa também já trabalhou com O Boticário, Rock in Rio e Catuaba Selvagem.

PROJETO PENITENCIÁRIA

No início deste ano, a Chico Rei inaugurou a célula de produção na penitenciária masculina Professor Ariosvaldo Campos Pires, em Juiz de Fora. O estado liberou um espaço em um galpão e a empresa usou para recriar um ambiente de trabalho. Quando os presos entram neste local, são funcionários.

O montante que os colaboradores da penitenciária ganham pelo trabalho é dividido em três percentuais: 25% destinados à conta pecúlio (uma espécie de conta-poupança judicial acessada quando ganharem a liberdade), 50% à assistência familiar ou pessoal (diminuindo os impactos causados pela ausência de um provedor da família) e 25% ficam com o Estado.

“Levamos uma professora para ensiná-los a costurar e em menos de 40 dias, já estavam produzindo na mesma qualidade da produção  que trabalhamos há 12 anos. A vontade deles é espetacular. Nós estamos aprendendo muito e tem sido uma das maiores causas da minha vida, o projeto penitenciário mudou minha rotina e minha forma de pensar. Significa jogar luz para quem foi esquecido. A felicidade deles em saber que as famílias veem eles nas redes sociais trabalhando é muito gratificante. Acredito no poder de reconstrução pessoal dos detentos e quero que seja um modelo. As empresas têm muita vergonha em falar que empregam presidiários e nós temos orgulho”, comenta Bruno.

CENSURA ZERO – AQUI TEM CONTEÚDO! | REDAÇÃO MULTIMÍDIA

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