O prefeito Daniel Santana (sem partido), o presidente da Câmara de São Mateus, Paulo Fundão, o Paulinho VG (PP), o secretário municipal de Comunicação, Júnior Eler, e o pseudojornalista Dilton Pinha, chefe da milícia digital (gabinete do ódio) que atua a mando do prefeito, foram formalmente denunciados à Corregedoria Geral da Polícia Civil do Espírito Santo (PCES) para explicar a prática de crimes contra a honra com o uso de documentos públicos adulterados e obtidos de forma ilegal.

A denúncia foi feita nesta segunda-feira (21/03) pelo jornalista e chapeiro Eliano Ribeiro, que tem sido atacado pelo Chefe do Executivo, pelo Presidente do Legislativo e pelo gabinete do ódio, que utiliza a estrutura oficial da Prefeitura para a produção e a distribuição de fake news (notícias falsas). Léo Ribeiro é o autor da denúncia que resultou no processo de impeachment contra Daniel na Câmara de São Mateus. Houve parecer da Comissão Processante pela cassação do mandato do prefeito, mas Daniel foi beneficiado pelo apoio de oito vereadores contra três favoráveis ao impeachment.

À Corregedoria da Polícia Civil, Léo Ribeiro relatou que vários espelhos de boletins de ocorrência da Polícia Civil do Espírito Santo, bem como dados pessoais dele e de seus familiares estão sendo veiculados em redes sociais (Facebook, Instagram, Telegram), grupos de WhatsApp e, especialmente, nas fanpages Boca no Trombone e Ronda da Cidade, que pertencem a Dilton Oliveira Pinha, porta-voz do prefeito de São Mateus.

CIRCULAÇÃO OCORRE HÁ UM MÊS

A situação ocorreu desde o dia 22 de fevereiro deste ano, quando o prefeito Daniel Santana esteve presente na Câmara de São Mateus para depoimento à Comissão Processante e apresentou um suposto dossiê, “dizendo haver mais de noventa boletins de ocorrência e processos” contra Léo Ribeiro.

“(…) a partir do dia 23/02/2022, começaram a circular nas redes sociais cópias de boletins de ocorrências envolvendo o nome do declarante [Léo Ribeiro], bem como de um boletim de informação sobre um mandado de prisão que teria sido expedido no ano de 2000, com informação de alvará de soltura contra o declarante”, destaca o Termo de Declaração da Corregedoria Geral da Polícia Civil, lavrado pela escrivã Josiane Simões da Silva.

Léo relatou que “nunca teve conhecimento sobre a existência desse mandado, tendo dúvidas sobre sua veracidade”. Frisou também à escrivão que redigiu o documento, que vem recebendo ameaças de morte em decorrência do processo de impeachment contra o prefeito Daniel da Açaí e acredita que algum policial civil ou algum agente de segurança pública do Espírito Santo vem fornecendo esses dados ao prefeito de São Mateus e seus assessores, sendo que esses documentos estão sendo utilizados para práticas criminosas.

Na denúncia à Corregedoria Geral da Polícia Civil, Léo Ribeiro destaca que entregou um pen drive contendo arquivos em PDF capturados da Secretaria de Estado da Segurança Pública, prints de páginas e WhatsApp do assessor informal do prefeito, Dilton Oliveira Pinha, o Diltão de Daniel; Júnior Eler (secretário de Comunicação); José Mário Medrado Soares Júnior (servidor público da Secretaria Municipal de Comunicação), Gisele Santim (esposa do chefe do gabinete do ódio e assessora da Câmara de São Mateus), Paulo Sérgio Fundão (vereador e Presidente da Câmara de São Mateus) e Welington Barros.

Por fim, Léo “solicita providências no sentido de que seja apurado como esses documentos de acesso restrito da Polícia Civil foram parar nas mãos dessas pessoas”.

VEJA O TERMO DE DECLARAÇÃO DA CORREGEDORIA GERAL DA POLÍCIA CIVIL DO ESPÍRITO SANTO: parte 1 | parte 2

O OUTRO LADO

Devido ao horário adiantado de fechamento desta matéria, a Reportagem não conseguiu contato com os citados no Termo de Declaração de Léo Ribeiro à Corregedoria Geral da Polícia Civil.

O espaço está à disposição para as manifestações, a qualquer tempo.

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