O mais recente episódio envolvendo a fake news (notícia falsa) que alarmou a Comunidade de São Mateus sobre uma suposta invasão à Escola Municipal de Ensino Fundamental (Emef) Golfinho comprova que o prefeito Daniel Santana, o Daniel da Açaí (sem partido), está indo longe demais no uso de sua milícia digital (gabinete do ódio) para tentar encobrir desmandos da sua má gestão pública. Ele prefere usar a Secretaria de Comunicação, com seus quase vinte cargos, como cabide de empregos e dar preferência à atuação de um sistema paralelo criminoso de comunicação que já tem causado muitos prejuízos à sociedade mateense.
Desta vez, o prefeito Daniel usou o gabinete do ódio para divulgar, por meio de uma nota criminosa, na manhã de quarta-feira (30/11/2022), que a Escola Golfinho estaria sendo invadida por um vigia da instituição, inconformado com a transferência de local de trabalho, que teria ameaçado a diretora da escola, professores e alunos. Como em outras ocasiões, os criminosos que atuam a mando de Daniel usaram a tragédia de Aracruz, que causou comoção nacional, para espalhar o terror. A milícia digital propagou a fake news com relação direta com a Prefeitura de São Mateus em seu site, em sua rede de páginas de Facebook e em diversos grupos de WhatsApp, e o alarde tomou proporções inimagináveis.
Áudios e textos começaram a circular desenfreadamente nas redes sociais e grupos de WhatsApp, alertando para que pais ou responsáveis por alunos da Escola Golfinho buscassem seus filhos o quanto antes. Muitos pais, inclusive o Diretor de Jornalismo e Conteúdo do CENSURA ZERO, encaminharam-se ao estabelecimento de ensino em busca de notícias do que estava acontecendo e fazer a retirada apressada de seus filhos. A Secretaria Municipal de Educação e a Escola Golfinho rechaçaram a fake news, mas ficou claro que a Direção, sempre tão caprichosa nos comunicados diversos aos pais, foi impedida de fazer o aviso sobre o assunto no grupo oficial de WhatsApp, o que contribuiu para que a fake news da milícia digital do prefeito Daniel se espalhasse.
Os pais foram informados que o servidor público Carlos Alberto Valfré, que atuava na escola como guarda patrimonial, estava inconformado por ter sido transferido para o seu setor de origem, a Secretaria Municipal de Obras. Na noite de terça-feira (29/11), teria sido notificado sobre a suspensão de seu pagamento e se insurgido contra a gestão Daniel. Ninguém confirmou a fake news de que ele teria invadido a escola, ameaçando a diretora, professores e alunos. Apenas o prefeito Daniel sustentou, em entrevista à Rádio Kairós FM, o que foi propagado por seu gabinete do ódio, sendo rechaçado na mesma entrevista pela fala da subsecretária municipal de Educação Renata Zanete e, posteriormente, por nota oficial da Secretaria de Educação, divulgada somente à tarde.
Daniel afirmou também que o servidor público teria invadido a sede da Secretaria de Defesa Social e ameaçado a secretária Danúbia Henrique no dia 9 de novembro, gerando boletim de ocorrência na Polícia Militar. Uma confissão de negligência, que, se a invasão à escola fosse algo verdadeiro, incorreria em crime de responsabilidade contra o prefeito por não ter tomado providências antes em relação ao caso.
Fato concreto é que essas rusgas entre a gestão Daniel e o servidor Carlos Valfré vêm desde o primeiro mandato do prefeito e se intensificaram a partir de 2020. Desde essa época, pelo que acompanha o CENSURA ZERO, o guarda patrimonial começou a responder ao que ele chama de “perseguição”, inclusive usando as redes sociais para propagar os desmandos da gestão Daniel. Fatos que são verídicos, como o escândalo apurado e documentado pela Polícia Federal na Operação Minucius.
Militante bolsonarista, o servidor público poderia ter seu comportamento e sua postura questionados pela administração municipal há muito tempo e ter sido até punido. Mas por que o prefeito Daniel da Açaí usou seu gabinete do ódio para disseminar essa fake news, aproveitando a comoção da tragédia de Aracruz? Por que, na entrevista que concedeu, ao falar de um servidor público municipal, fez afirmações relacionadas à tendência política de Valfré, chegando a falar em “fascismo”? Logo ele com o perfil que tem? Como diria aquele presidente da Câmara subserviente, que abusa do juridiquês: “Data maxima venia!”.
Se você estiver lendo este Editorial de qualquer lugar fora de São Mateus, deve estar se indagando: “Como pode o Prefeito espalhar uma notícia dessas, causando alarde na cidade, colocando em risco profissionais da educação e estudantes numa escola pública subordinada a ele mesmo?. O que este CENSURA ZERO está publicando é uma calúnia sem tamanho!”. Mas, caros Leitores/Internautas, podem acreditar! O prefeito Daniel e seu gabinete do ódio não têm escrúpulos. O que esse gabinete do ódio já fez de atrocidades em São Mateus, a mando ou contando com apoio e acobertamento de Daniel da Açaí vai muito além do que o CZ, em seu site e no canal, tem conseguido registrar de 2018 para cá!
Apenas para citar outro episodio nesse modus operandi de tentar jogar a opinião pública contra alguém, imputando-lhe um crime de grande comoção, esse grupo de criminosos já propagou fake news do jornalista Hilmar de Jesus (já falecido), afirmando que ele teria estuprado duas crianças no Bairro Nova Era e estava sendo procurado pela Polícia. O motivo foi que Hilmar publicou em seu jornal online A Ilha notícia desfavorável a Daniel Santana quando seu recurso especial eleitoral tramitava no TSE, em Brasília. Em outra ocasião, a vítima foi o professor Carlos Magno Figueiredo, o Maguinho, que teve fake news espalhada pelo gabinete do ódio, afirmando que ele teria abusado de duas crianças no Bairro Porto e instigando a população a agir contra o professor, que é muito conhecido e de família tradicional em São Mateus. Tudo porque Maguinho teria feito comentários em redes sociais que teriam desagradado ao prefeito Daniel.
Sem falar em agressões a mando de Daniel que essa milícia digital já fez a ex-vereadores da Câmara de São Mateus que faziam oposição ao prefeito no primeiro mandato dele, aos então deputados Jorge Silva e Enivaldo dos Anjos, ao deputado estadual Freitas, ao promotor de Justiça Edilson Tigre, à ministra do TSE Rosa Weber, quando era presidente do TSE…
A Comunidade Mateense, já bastante prejudicada por esses criminosos, sabe disso tudo. Mas a atual composição da Câmara de Vereadores de São Mateus é conivente com essa prática de crimes, especialmente o presidente Paulo Fundão e seus colegas de Mesa Diretora Kacio Mendes (vice-presidente) e Ciety Cerqueira (1ª secretária), muito bem apoiados pelo líder do Prefeito, Cristiano Balanga, e Preta do Nascimento, que já foi vitima da milícia digital quando assessorava o deputado Freitas e atualmente até emprega membros desse sistema criminoso em seu gabinete.
E pasmem: Polícia Civil, Polícia Militar, Polícia Federal, Ministério Público, Poder Judiciário e Governo do Estado também conhecem, de cor e salteado, o que ocorre em São Mateus. Não à toa São Mateus já é conhecida como a Capital Federal da Impunidade!
O governador Renato Casagrande também foi vítima desse sistema criminoso diversas vezes, sempre com registros em matérias do CENSURA ZERO. Mas, na política, os interesses não permitem maiores contestações por conta dos caminhos que se cruzam constantemente. Basta recordar que, no segundo turno da campanha eleitoral deste ano, até crimes eleitorais Daniel da Açaí cometeu em favor da reeleição de Casagrande. Então…
E nunca é demais lembrar que, por conta da Operação Minucius e o processo de impeachment que teve de responder na Câmara Municipal, o prefeito Daniel da Açaí achincalhou e ameaçou o Delegado-Chefe da Delegacia da Polícia Federal de São Mateus, Patrick Cazelli, e a família do servidor público federal então com 25 anos de trabalhos prestados, na sessão de julgamento realizada em fevereiro de 2021, no plenário do Legislativo. Tudo foi acompanhado pelos vereadores, por advogados de defesa, pela plateia e transmitido ao vivo pelas redes sociais da Câmara!
Na gestão Daniel, há muitos registros de servidores municipais, parças do Prefeito, que foram “honrados”, naquele velho ditado de “cair para cima”. Três servidores da Secretaria Municipal de Obras flagrados furtando materiais públicos e vendendo produtos e serviços para terceiros foram exonerados e “punidos” com cargos de chefias em empresas terceirizadas. O Processo Administrativo contra servidoras envolvidas no episódio de doação de carnes a estabelecimentos comerciais em nome do Conselho Tutelar para benefício próprio foi arquivado, por influência de vereadores e secretária parças de Daniel. A “punição” de uma conselheira tutelar foi ser nomeada coordenadora de uma unidade do Cras e outras servidoras foram trocadas de setor em funções melhores.
Valendo-se da repercussão da fake news plantada por ele mesmo junto com seu grupo criminoso da milícia digital, Daniel Santana demitiu, em tempo recorde, o servidor público Carlos Alberto Valfré. Pronto. O prefeito celebra com seu gabinete do ódio e carimba: “mais uma missão cumprida!”
CENSURA ZERO – AQUI TEM CONTEÚDO! | REDAÇÃO MULTIMÍDIA
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