A condenação do chefe da milícia digital (gabinete do ódio) Dilton Oliveira Pinha, o Diltão de Daniel, é um marco na luta social do site/canal CENSURA ZERO, sob a direção do jornalista e radialista André Oliveira, contra a contaminação do ambiente da Comunicação Social com a produção e a distribuição de fake news (especialmente a institucionalizada), a desinformação e a prática reiterada de crimes virtuais e presenciais, com o acobertamento de autoridades constituídas em São Mateus. Diltão de Daniel foi condenado a dois anos de reclusão e multa por comprovada prática de racismo, combinada com intolerância religiosa, contra André Oliveira, que é negro e evangélico, em sentença proferida pelo Juízo da 3ª Vara Criminal de São Mateus na segunda-feira (24/03).

A pena, ainda que branda, reacende o debate sobre o acobertamento à atuação nociva do criminoso contumaz à sociedade de São Mateus. Diltão atuou como assessor informal do ex-prefeito Daniel Santana Barbosa, o Daniel das Festas, que implantou, no segundo dos oito anos em que esteve à frente da Prefeitura, um sistema criminoso de comunicação/desinformação, levando para dentro do Poder Executivo a prática reiterada de crimes da rede de páginas de Facebook e grupos de WhatsApp Boca no Trombone, de Dilton Pinha, para formar parceria com a Secretaria Municipal de Comunicação.

Um ex-membro do sistema criminoso revelou, em entrevista ao CZ em 2020, que uma das bases da milícia digital é a atuação covarde dos criminosos por meio de perfis falsos, constituídos a partir de CPFs de terceiros, o que é de conhecimento das autoridades competentes. O objetivo sempre foi o de defender o então Prefeito e a sofrível gestão pública dele, com a produção e a distribuição de fake news (notícias falsas) para atacar autoridades, políticos, cidadãos e profissionais da Imprensa que, supostamente, contrariassem os interesses do ex-Chefe do Executivo Municipal e eram vistos como ameaças a Daniel e sua gestão.

A lista de vítimas é imensa, incluindo políticos [ex-governador Paulo Hartung, então governador Renato Casagrande, ex-prefeito Amadeu Boroto, ex-deputado federal Dr. Jorge Silva, então deputados estaduais Freitas e Enivaldo dos Anjos, ex-vereadores (Grupo dos 6 da Legislatura 2016-2020 – Jozail do Bombeiro, Carlos Alberto, Jorginho Cabeção, Ajalírio Caldeira, Temperinho e Jerri Pereira)], representantes do Poder Judiciário e do Ministério Público (Rosa Weber, quando ministra do STF e presidente do TSE) e promotor de Justiça Edilson Tigre), jornalistas (Hilmar de Jesus, já falecido, André Oliveira, Léo Ribeiro e outros), empresários e cidadãos (Rui Baromeu, Márcio Castro, Natan Beltrame, Professor Maguinho, Veruschka Daher e outros), além de instituições/entidades sociais e religiosas [Igreja Universal do Reino de Deus, Igreja Batista Aliança, Igreja Mundial do Poder de Deus, Igreja Assembleia de Deus, Vipa (que atua na causa animal), Sindserv, SOS São Mateus (grupo político) e outras].

No segundo mandato de Daniel Santana (2021-2024), especialmente nos dois primeiros anos, a atuação do gabinete do ódio ficou ainda mais intensa, agressiva e nociva à Sociedade Mateense, por causa do apoio da maioria dos vereadores da Câmara de São Mateus aos comprovados desmandos do então Prefeito reeleito. Até porque foi quando, após inúmeras denúncias ao Ministério Público e ao Poder Judiciário, explodiu o escândalo da roubalheira com a Operação Minucius, da Polícia Federal, resultando na prisão por 10 dias e afastamento por três meses do prefeito Daniel das Festas, o que provocou a abertura de um processo de impeachment contra ele no Legislativo. Em todos esses fatos, lá sempre esteve a atuação da milícia digital com ataques baseados em fake news, desinformação e até investidas criminosas presenciais.

Os fatos que se sucederam, com as investidas pesadas do então Chefe do Executivo junto às esferas do Poder Judiciário, para protelar as ações na Justiça, e a Vereadores, para se livrar da cassação de mandato, tendo também o apoio de figurões políticos do Estado, caracterizaram São Mateus como a “capital federal da impunidade”. O tentáculo antissocial criminoso sempre foi representado pela milícia digital e a prática reiterada de crimes de calúnia, difamação, injúria e ameaça (eventualmente racismo e intolerância religiosa), sob o olhar de binóculos de autoridades da Polícia Civil, do Ministério Público Estadual e do Poder Judiciário Estadual da época.

Criminoso contumaz, Dilton Pinha já conseguiu até se livrar de condenações por calúnia, difamação e injúria por conta desse acobertamento do então prefeito Daniel das Festas, como foi o caso dos processos relacionados ao SOS São Mateus. O grupo de lideranças que faziam oposição político-social de forma legítima, foi atacado com fake news institucionalizadas com os mais gravosos conteúdos e seus membros achincalhados publicamente, e houve a anulação do conjunto de condenações em primeira instância por decisão em recurso. Por causa disto e em virtude de acordos em audiências de conciliação, diante de muitos amedrontados por represálias, retaliações e interesses cruzados inconfessáveis, para a Justiça, Dilton Oliveira Pinha mantém-se como réu primário, mesmo com a ficha idêntica à de um habitante da latrina da sarjeta do submundo virtual e físico.

O que eu considero um diferencial nessa ação penal que culminou com a condenação do chefe da milícia digital acobertada, além do simbolismo da luta do certo contra o errado/do bem contra o mal no ambiente sociopolítico em São Mateus, é que, pela primeira vez, houve a oportunidade, diante de representantes do Ministério Público e do Poder Judiciário Estadual de formalização de uma denúncia oral sobre a existência e atuação desse sistema criminoso de comunicação em São Mateus. E isso foi feito pela vítima do caso de racismo e intolerância religiosa, o radialista e jornalista André Oliveira, conforme comprova a sentença do juiz de Direito André Bijos Dadalto.

Como no caso da serva que foi crucial para decisão de Naamã procurar o Profeta e ser curado da lepra no Rio Jordão e também das jumentas perdidas e do moço que orientou sobre o Profeta a Saul para ser ungido como rei de Israel, o processo atual evidencia que essa luta contra o racismo e a intolerância religiosa é um instrumento no processo que permitirá ao Advogado Fiel apresentar-se com a causa social do Povo de São Mateus diante do Justo Juiz. E, nesse caso, a vitória é certa no Supremo Tribunal!

Importante: isso não é sobre coisas terrenas.

CENSURA ZERO – AQUI TEM CONTEÚDO! | REDAÇÃO MULTIMÍDIA