EDITORIAL – São Mateus tem candidatos a passeio na disputa a Prefeito: a campanha e as lições de Vandré

Para não dizer que não houve aviso, estamos fazendo a análise, em tom de alerta, em 21 de outubro de 2020, exatamente a 25 dias das Eleições Municipais. A referência é à campanha eleitoral em São Mateus-ES, que tem 10 candidatos a Prefeito(a). São nove nomes (oito homens e uma mulher) pregando a mudança contra o atual gestor (com letra minúscula mesmo), que abusa, a cada dia, da falta de conhecimento, de postura e de interesse em passar a conhecer a administração pública e extrair dela os benefícios em favor do povo.

A letra de ‘Para não dizer que eu não falei das flores’ transmitia esperança, incentivava à mobilização, tornado-se um hino de resistência. A mesma inspiração serve aos dias atuais numa Cidade desorganizada, tocada no improviso e na inversão de valores, que prioriza os gastos exorbitantes com o supérfluo, a perseguição aos divergentes e a censura explícita ao Jornalismo Profissional independente.

Assim como em dias ordinários, o período da campanha eleitoral, segue o ritmo do abuso da má gestão e do pseudojornalismo criminoso com ação direta no âmbito poder público, entrelaçado com a produção e a distribuição de fake news institucionalizada. Como diria Geraldo Vandré, ‘caminhando e cantando, e seguindo a canção’, com a ação (auto)limitada da Câmara Municipal, os braços cruzados do Ministério Público e a balança defeituosa do Judiciário, incluindo agora a esfera eleitoral.

E os nove adversários que postulam a Prefeitura de São Mateus? Ah, esses passam atestado de serem “todos iguais, braços dados ou não”, mas nem tão unidos assim para se articularem, em pelo menos, dois projetos mais amplos e ganharem força no devido enfrentamento de gestão política e econômico-social. Os interesses particulares, político-partidários e ideológicos levam muitos deles a estarem de passeio na disputa majoritária, sem terem preparação mínima e votos para isso…

De um Município com 130 mil habitantes, com a necessidade gritante de uma reviravolta no modelo de gestão e trato dos recursos públicos, espera-se mais dos candidatos(a) a Prefeito(a). É lamentável ver, por exemplo, candidato mentindo no preenchimento de dados ao TRE; registro com plano de governo genérico; apresentação simplista e relaxada de propostas; transformação de ação obrigatória da municipalidade em programa de política pública; propagação de não uso de recursos de campanha com recursos sofríveis de campanha; desculpa de fazer ‘campanha propositiva’ para não entrar em conflitos de interesses de apoiadores; falta de confronto direto (e conscientização) a atos da gestão atual.

Sem falar das estratégias adotadas pelas equipes de coordenação e marketing político (se é que tem)! Com período atípico de propaganda eleitoral por conta da pandemia da covid-19 e o desinteresse do Eleitor por política, é um erro grosseiro constatar o uso aleatório/confuso da internet e das redes sociais com a campanha das ruas; e o mau aproveitamento do horário eleitoral gratuito no rádio e na TV, reforçado com as inserções ao longo da programação. Há até desprezo de alguns candidatos à oportunidade de propaganda em cinco emissoras de rádio e uma de TV na Cidade!

Diga-se de passagem, vale um registro: o candidato à reeleição ainda não deu um ‘bom dia’ no horário eleitoral ou afirmou uma frase completa nas redes sociais, e mantém a dianteira na primeira pesquisa oficial divulgada pela Rede Vitória/Futura. Até surgiu um trabalho profissional de fora, deixando um pouco de lado o pseudojornalismo centrado em fake news. Mas ele também segue sendo utilizado…

E os adversários? Bem, esses “acreditam nas flores vencendo o canhão”, mas falham terrivelmente no arranjo das ‘flores’. Os principais candidatos de oposição não têm estratégias definidas para a disputa direta contra o atual gestor. Há até boas propostas, mas mal apresentadas, que ainda não conquistaram a adesão do Eleitor. Há candidatos fazendo da campanha eleitoral laboratório de curso de oratória; quem já passou dessa fase, precisa assumir mais a postura de candidato da oposição… E outros devem eliminar a mesma tática destruidora de aproveitamento do (des)serviço de malfeitores da internet!

Antes que o tempo passe, a música (jingle) perca a utilidade e afirmem que “o Eleitor Mateense tem o governo que merece”, o CENSURA ZERO adverte que “o Eleitor Mateense merece ter Candidatos a Prefeito mais competitivos (na comparação com o atual) e competentes (na missão de vencer)”. Por enquanto, com relação aos Eleitores, o cenário ainda mostra “quase todos perdidos de armas (votos) nas mãos”!

É bem verdade que o candidato sinaliza na campanha eleitoral o que será à frente da Prefeitura, em caso de eleição. O atual está sendo sincero: continuará calado, deixando os outros fazerem o que aparece, e agindo nos bastidores. Mas os adversários precisam acordar: ver a campanha eleitoral de forma séria e profissional; definir estratégicas inteligentes; corrigir rumos; mexer na equipe; demitir marqueteiro (se preciso); garantir harmonia e distribuição dos recursos financeiros, humanos e estruturais.

A troca é simples: menos figurinhas no WhatsApp, mais falas consistentes dos candidatos; menos grupos de fofocas de campanha e depósito de ‘lixo digital’, mais ações eficazes de captação de votos; menos ‘opineiros desagregadores formados na pandemia’, mais militantes da causa coletiva do desenvolvimento de São Mateus e sua Gente!

Este, sim, é o ensinamento forte da letra de Vandré: “Vem, vamos embora que esperar não é saber/ Quem sabe faz a hora, não espera acontecer”. É tempo de agir mais firme, subir o tom, empolgar e conquistar a plateia (Eleitores). Porque, ao contrário do 2º lugar da música do compositor, aclamada como 1º na preferência do público no inesquecível Festival Internacional da Canção, de 1968, se os nove candidatos que apregoam mudança não mirarem a chegada na dianteira da disputa para Prefeito, as consequências serão muito danosas para o Município e o Povo de São Mateus!

Ainda há tempo. Até as pesquisas comprovam: “pelas ruas marchando indecisos cordões (de Eleitores)”.

CENSURA ZERO – AQUI TEM CONTEÚDO! | REDAÇÃO MULTIMÍDIA

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