Circula em grupos de WhatsApp um áudio atribuído ao ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas, afirmando, nesse sábado (30/01), que os caminhoneiros “precisam desmamar do governo”. O ministro adverte que, enquanto “não desmamarem do governo, vão ver empresas crescendo e vocês com cada vez mais dificuldades”. Fontes próximas do ministro confirmaram que a voz é dele, segundo informações publicadas pela coluna de Chico Alves, no portal UOL. A categoria marcou para esta segunda-feira (1º/02) uma greve por tempo indeterminado.
Entre as reivindicações categoria está a isenção de impostos nos derivados de petróleo e menos gastos com combustível, pneus e itens de manutenção. A categoria pede também mais fiscalização nas estradas para o cumprimento da lei que estabelece o piso mínimo do frete e gratuidade nos pedágios.
A conversa teria acontecido entre o ministro e o vice-presidente da associação de caminhoneiros da cidade gaúcha de Capão da Canoa. Ao interlocutor, Freitas disse que é “impossível” atender as reivindicações atuais e fiscalizar o cumprimento dos benefícios obtidos pelos caminhoneiros na greve de 2018.
O ministro teria sugerido ao interlocutor que os caminhoneiros precisam pensar como empresários. Ainda no áudio, Freitas teria atribuído o isolamento social como causa da crise econômica e apontou motivação política para a greve.
“Achar que tem que fazer paralisação para conversar… esquece. Na verdade, a paralisação fecha a portas. Enquanto tiver a paralisação eu não converso com ninguém”, afirmou, de acordo com a gravação.
CONFIRA ÁUDIO DO MINISTRO DA INFRAESTRUTURA, TARCÍSIO DE FREITAS:
O OUTRO LADO
Em nota, o Ministério da Infraestrutura disse que o titular da pasta “conversou, por telefone, com representantes da Associação dos Caminhoneiros e Condutores de Capão da Canoa/RS”.
“Durante a conversa reafirmou o seu posicionamento em referência às ações setoriais adotadas pela pasta; a total abertura para o diálogo com todas as entidades que demonstraram interesse em fazer parte da formulação da política pública; o posicionamento de não negociar com qualquer indicativo de paralisação ou locaute; e sua opinião, de amplo conhecimento de todo o setor, sobre temas de interesse, como a tabela de frete e a necessidade de estimular a economia para ampliar o mercado do transporte rodoviário de cargas”.
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