ENFIM, A CASA CAIU PARA DANIEL! – PF prende prefeito de São Mateus com R$ 400 mil em casa; suspeita de fraudes somam R$ 43,5 milhões

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O prefeito de São Mateus, Daniel Santana, o Daniel da Açaí (sem partido), foi preso na manhã desta terça-feira (28/09) durante uma megaoperação, com participação de 85 agentes da Polícia Federal, com o objetivo de desmantelar uma organização criminosa que atua no Norte do Espírito Santo. A Reportagem do CENSURA ZERO chegou ao local junto com a da TV Gazeta Norte, por volta das 6h15 desta terça.

Além dele, foram presos na Operação Minucius uma controladora do município, um suposto operador do esquema criminoso e quatro empresários ligados às irregularidades. Os nomes dos outros presos não foram divulgados.

Segundo a PF, foram obtidas provas que indicam que o prefeito Daniel, desde o seu primeiro mandato (entre 2017 e 2020) e até no atual (desde o início deste ano), organizou um modelo criminoso estruturado dentro da administração municipal para cometer vários crimes, como o direcionamento fraudulento de licitações.

O valor dos contratos celebrados pelo município com as empresas investigadas chega ao valor de R$ 43.542.007,20. Foram cumpridos sete mandados de prisão temporária e 25 de busca e apreensão, em residências e empresas dos municípios capixabas de São Mateus (19), Linhares (6) e Vila Velha (1).

Os policiais apreenderam dinheiro em espécie e joias na casa do prefeito. Segundo a PF, os valores estão sendo contados e já passam de R$ 400 mil. Mais R$ 300 mil foram encontrados em uma empresa que seria de Daniel.

DENÚNCIAS DA IMPRENSA E RETALIAÇÕES

O CENSURA ZERO apurou com a Polícia Federal que as investigações começaram após o recebimento de denúncias sobre dispensa ilegal de licitações com a exigência de percentual de propina sobre o valor das contratações públicas.

São Mateus tem cerca de 135 mil habitantes e é uma das maiores cidades do Espírito Santo. Por conta de sua autonomia editorial, o CENSURA ZERO tem sido o único veículo de comunicação do Município a divulgar a verdade dos fatos relacionados à Prefeitura de São Mateus, com a conivência de vereadores da atual Legislatura.

Por conta disso, o jornalista André Oliveira e o portal de notícias vem sofrendo retaliações da Prefeitura e da Câmara Municipal, que apoiam um gabinete do ódio criador e propagador de fake news para achincalhar adversários políticos e jornalistas que não se rendem ao sistema criminoso de comunicação. Esses fatos foram denunciados por diversas vezes à Policia Civil, ao Ministério Público e ao Judiciário. Recentemente, em agosto, um processo foi aberto pela Promotoria de São Mateus para investigar as denúncias publicadas em reportagens do CENSURA ZERO.

Na manhã desta terça-feira (28/09), a Reportagem apurou que o esquema fraudulento que resultou na operação da Polícia Federal, com a expedição de mandatos de busca e apreensão e de prisão preventiva, incluía também a distribuição de cestas básicas como forma de apaziguar a população em relação aos atos ilícitos. O fato teria ocorrido, inclusive durante o período eleitoral de 2020, conforme registros do Jornalismo do CENSURA ZERO. Conforme a PF, algumas dessas licitações contavam com verbas federais que deveriam ter sido aplicadas no combate à pandemia da covid-19.

“DIRECIONAMENTO FRAUDULENTO DE LICITAÇÕES”

Em nota, a PF explicou que “foi constatado o direcionamento fraudulento de licitações nos segmentos de limpeza, poda de árvores, manutenção de estruturas e obras públicas, distribuição de cestas básicas, kits de merenda escolar e aluguel de tendas”.

As informações iniciais também indicaram que uma vez que empresas ligadas ao esquema “venciam” as licitações, estabelecia-se um valor a ser pago aos agentes públicos que variava de 10% a 20% do valor do contrato. Como forma de não gerar perdas aos empresários, a entrega de bens e serviços era identicamente reduzida, na proporção das propinas pagas.

Conforme informações apuradas pela Reportagem, entre as empresas ilegalmente beneficiadas pelo esquema ilícito, algumas são do próprio prefeito Daniel Santana, que, segundo a Polícia Federal, valia-se de sócios de fachada, os chamados ‘laranjas’, para ocultar sua verdadeira condição de proprietário.

A Assessoria de Comunicação da Polícia Federal informou que, em razão da grande quantidade de mandados a serem cumpridos, a operação teve a participação de aproximadamente 85 policiais federais vindos de outras unidades do País. Também participaram da operação o Procurador Regional da República e servidores da Controladoria-Geral da União (CGU).

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CENSURA ZERO – AQUI TEM CONTEÚDO! | REDAÇÃO MULTIMÍDIA | COM INFORMAÇÕES DA ASCOM PF E G1

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