EXCLUSIVO – Polícia investiga dossiê falso usado por Daniel, Paulo Fundão e gabinete do ódio para atacar autor do processo de impeachment

A Polícia Civil e a Polícia Militar do Espírito Santo estão investigando, e estão perto de descobrir, como foi montado o dossiê criminoso com informações forjadas contra o jornalista e influencer Eliano Ribeiro, usado pelo prefeito Daniel Santana (sem partido), pelo presidente da Câmara de Vereadores, Paulo Fundão (PP), e pela milícia digital (gabinete do ódio) que atua a serviço dessas autoridades para atacar autoridades e cidadãos de bem que sejam considerados por eles como adversários políticos ou contra seus interesses.

Léo Ribeiro, como é conhecido, foi o autor da denúncia que deu origem ao processo de impeachment do Chefe do Executivo de São Mateus, por infrações político-administrativas. O denunciante se baseou na Operação Minucius, realizada pela Polícia Federal em setembro de 2021, que resultou na prisão temporária de Daniel e outros seis envolvidos por 10 dias e apreensão de mais de R$ 600 mil em dinheiro vivo na casa do prefeito e na empresa Água Mineral Açaí, pertencente a ele mas que está, oficialmente, em nome terceiros.

Houve comprovação de um rombo de R$ 54 milhões nos cofres públicos e o prefeito foi apontado pelo superintendente da Polícia Federal, delegado Eugênio Ricas, como “o chefe de uma organização criminosa que se apoderou da Prefeitura”. Com base no inquérito da PF, o Ministério Público já denunciou Daniel Santana na Justiça Federal pelos crimes de organização criminosa, lavagem de dinheiro, corrupção passiva e ativa, fraudes em licitação, improbidade administrativa e falsidade ideológica, além de pedir o afastamento do prefeito do cargo.

A denúncia de Léo Ribeiro à Corregedoria da Polícia Civil do Espírito Santo para investigar o dossiê falso usado criminosamente pelo prefeito Daniel Santana, pelo presidente da Câmara Municipal, Paulo Fundão, e por membros do gabinete do ódio foi feita por Léo Ribeiro em 22 de março de 2022.

De lá para cá, o processo vem tramitando de forma morosa, mas já passou pela Corregedoria da Polícia Militar e pelo 13º Batalhão da PM, em São Mateus.

“É o maior criminoso de todos os tempos; até foragido ele esteve. É um criminoso que veio aqui e fez uma denúncia; nem aqui mora, está foragido e mora na Serra”, atacou Daniel da Açaí, em oitiva à Comissão Processante da Câmara de Vereadores, que deliberou por relatório final a favor da cassação do mandato do prefeito, dando razão às alegações do autor da denúncia, Léo Ribeiro. Daniel se articulou com vereadores do G-8 e conseguiu se livrar da perda do mandato, depois de ficar afastado por três meses da Prefeitura por ordem judicial.

Na ocasião da oitiva, nervoso e com a presença de integrantes de sua milícia digital (gabinete do ódio) na plateia, Daniel mostrou um bloco de folhas de papel ofício, como um suposto dossiê contra Léo Ribeiro. Fez também acusações ao jornalista André Oliveira e ao delegado da Polícia Federal Patrick Cazelli, que comandou a Operação Minucius.

O prefeito afirmou, à época, que processaria o autor da denúncia contra ele, mas ocorreu o contrário. Foi Léo quem processo Daniel da Açaí, que, em recente audiência à Justiça, acabou confessando a prática de fake news ao afirmar à magistrada que não tem provas das denúncias que apresentou na Câmara de São Mateus.

FUNDÃO DIZ TER 100 OCORRÊNCIAS

Já o presidente da Câmara de Vereadores, Paulo Fundão (PP), que firmou o pacto da vingança com Daniel e outros vereadores na atual Legislatura, apresentou o falso dossiê em discurso na sessão ordinária do dia 3 de março de 2022, tentando desqualificar Léo Ribeiro, ao comentar reportagem do CENSURA ZERO que destacava ameaça de morte sofrida pelo denunciante das infrações político-administrativas de Daniel Santana que resultaram na abertura de processo de impeachment contra o prefeito.

“O cara [referindo-se a Léo Ribeiro] tem mais de cem ocorrências policiais, todos os boletins estão comigo, mais de cem ocorrências; agressão, roubo, espancamento… Inúmeros, x-9 lá na Serra. E aí fala que alguém vai querer perder tempo com um cidadão dessa natureza”, alardeou Paulo Fundão, da tribuna do Legislativo, com o objetivo de desqualificar o autor da denúncia contra o prefeito, de quem é aliado.

O dossiê montado com informações comprovadamente falsas foi repassado por Daniel da Açaí e Paulo Fundão a membros do gabinete do ódio mantido por eles, para que fosse propagado nas redes sociais e grupos de WhatsApp, que já tem o fim de achincalhar autoridades e cidadãos que sejam considerados oponentes da gestão municipal e do G-8, grupo de oito vereadores que dão sustentação ao prefeito na Câmara.

HOMEM DAS FARRAS COM CAMARÃO VG

Paulo Fundão é bastante conhecido por legislar em causa própria (vide o Palácio Matheus Cunha Fundão e todos os departamentos da nova sede do Legislativo denominados por ele) e também por já ter esbanjado cerca de R$ 270 mil de recursos públicos em festas de luxo regadas a camarão VG, picanha argentina e peixe à portuguesa. Advogado adepto da adoção do juridiquês no parlamento municipal, Fundão foi além nas acusações proferidas contra Léo Ribeiro com base no dossiê falso: “O criminoso virtual conhecido como Eliano Ribeiro, apelido Léo Ribeiro, alcunha de x-9, e inúmeros outros apelidos pela sua vida dedicada a cometer crimes, tem em seu vasto currículo ter saído de São Mateus corrido no ano de 2000, tem mandado de prisão em aberto por roubo”.

Um dia depois, Fundão foi desmentido em vídeo gravado ao vivo, no qual Léo Ribeiro pediu a um policial militar abordado em via pública para consultar o sistema da Secretaria de Estado da Segurança Pública e Defesa Social (Sesp), e a autoridade policial constatou que não constava nenhum mandado judicial contra o denunciante da roubalheira em São Mateus. Corrobora contra o presidente do Legislativo e o prefeito Daniel Santana o fato de que, nestas Eleições 2022, Eliano Ribeiro atua como colaborador da Justiça Eleitoral, nas funções de presidente de uma seção de votação sediada na Escola Estadual Pio XII, em São Mateus.

O OUTRO LADO

O CENSURA ZERO disponibiliza espaço para possíveis manifestações dos citados nesta reportagem. Havendo retorno, os posicionamentos serão acrescentados ao texto.

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