FATOS & VIDA – É preciso ter consciência com ciência!

LUCINETE OLIVEIRA*

O mês de novembro é um mês muito importante para a História do Brasil, em especial, para nós, afrodescendentes. É o mês que comemoramos O DIA DA CONSCIÊNCIA NEGRA! Você tem ciência do que é consciência? Segundo Paulo Freire, “a leitura do mundo precede a leitura da palavra” (1978, p. 9).

Discursos e realidades se prendem numa dinâmica chamada preconceito racial; onde as históricas desigualdades sociais são omitidas, onde o preconceito é alterado, quando dizem que todos temos as mesmas oportunidades e que as cotas nas universidades são sinônimas de exclusão!

Temos consciência da importância das cotas nas universidades e que o Brasil possui uma dívida histórica com os afrodescendentes e indígenas. Cotas, como muitos dizem que são privilégios, não são! São direitos. Foi uma forma de dar voz aos excluídos da sociedade “branca” e colonizadora.

Dia 20 de novembro não é um dia de luta, nossa luta é todo dia! Em pleno século XXI, a discriminação racial torna o negro um excluído da sociedade, da educação e consequentemente do mercado de trabalho. Nossa luta é pelo respeito. Você tem consciência disso?

É o momento de analisar nossas ações e palavras; acreditando na ideia de que o Brasil ainda tem jeito, que as desigualdades, aos poucos, estão sendo sanadas ou maquiadas, que os negros, aos poucos, estão saindo da escuridão das senzalas, se formando em universidades federais e sendo alvos de notícias em horários nobres dos telejornais!

Continuemos a sonhar e que esse passado doloroso, que carregamos como um fardo em nossas costas, quando alguém nos chama de “cidadão de cor”, continua nos escravizando com o preconceito e a opressão.

Que certas atitudes venham servir de reflexão acerca de pensamentos arcaicos e enraizados em muitos de nós, disfarçados de “brincadeirinhas”. Que possamos entender que a cor da pele não é uma régua medidora de caráter e que somos uma só raça, a raça humana.

E feliz é aquele que possui sabedoria suficiente para reconhecer em cada um de nós um ser humano livre de amarras excludentes! Bendigo a Deus, porque quis Ele que eu nascesse negra!

*Lucinete Oliveira é Professora. Graduada em Ciências Contábeis e Pós-Graduada em Gestão e Educação Ambiental, Educação Especial e Inclusiva e Políticas de Inclusão. Atualmente, cursa Licenciatura em Educação do Campo na Ufes.

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