Maciel de Aguiar denuncia vídeo com plágio de livro dele sobre Zacimba Gaba: “É mais um crime!”

“Mais um crime!”, foi desta forma, enfática, que o escritor Maciel de Aguiar lamentou tomar conhecimento de um vídeo com mais um plágio de um livro de sua autoria — Zacimba Gaba: princesa, escrava, guerreira —, destacando que foi “copiado sem citar a fonte, com inúmeros erros históricos, além de absurdas afirmações, equivocadas ilustrações e inverídicas informações”.

Em nota ao CENSURA ZERO, com o vídeo questionado anexo, o escritor capixaba indicado ao Prêmio Nobel de Literatura destaca que, há muito tempo, os seus “livros da série História dos Quilombolas são copiados por outros autores, em novas impressões gráficas com os seus nomes nas capas e ou plagiados para adaptações de obras infantis e outros gêneros, além de abordagens literárias ou utilizados em teses de mestrado, doutorado ou em vídeos nas redes sociais sem citar as fontes”.

“Faz-se necessário afirmar que, em 1965, iniciei as pesquisas para escrever esses livros — quando entrevistei centenas de negros que enfrentaram a escravidão do Norte do Estado do Espírito Santo ao Sul da Bahia —, e, 30 anos depois, publiquei a série História dos Quilombolas – 40 livros, com base na oralidade, sem nota de rodapé e muito menos bibliografia”, salienta Maciel de Aguiar.

O escritor destaca que foi um trabalho pioneiro e inédito no Brasil — quando ainda não era moda —, ouvindo centenas de quilombolas que enfrentaram a escravidão e foram “esquecidos” pela historiografia oficial: “Não sou contra os que utilizam os meus livros, mas que as fontes das pesquisas sejam informadas”.

Ele salienta que a história não lhe pertence, mas o trabalho pioneiro das pesquisas e os textos são de sua autoria, mesmo que eles tenham base em fontes primárias. Portanto, frisa, qualquer pessoa pode escrever sobre esses personagens, desde que façam a necessária citação das fontes.

“Dos 40 livros da série História dos Quilombolas, estou reeditando os 6 livros mais plagiados e copiados — Zacimba Gaba, Negro Rogério, Benedito Meia-Légua, Constância de Angola, Chico Pombo e Clara Maria do Rosário — e inserindo novas informações que não constam nas edições anteriores”, afirmou Maciel de Aguiar ao CZ, acrescentando que, “assim, os plagiadores e copiadores terão que refazer os seus livros, além das suas teses de mestrado e doutorado e inserir essas novas informações como uma espécie de ‘confissão do crime'”.

Veja abaixo o vídeo com plágio do livro do escritor Maciel de Aguiar e que contém diversas informações equivocadas e inverídicas:

“AFIRMAÇÕES EQUIVOCADAS”

Maciel aponta que, no vídeo acima, o plagiador se refere à personagem Zacimba Gaba como uma “rainha” e, a seguir, afirma que ela era uma “princesa”, além de fazer outras equivocadas afirmações e usar imagens que não possuem relação para com a história original, sobretudo a pintura de Mem de Sá, 3º Governador Geral do Brasil.

“Quem puder, favor divulgar essa informação, pois qualquer livro, tese ou vídeo sobre os personagens acima citados, que não tiver a indicação da fonte de pesquisa, é um plágio vergonhoso ou uma cópia criminosa!”, solicitou o escritor Maciel de Aguiar, disponibilizando o seu contato por WhatsApp: 27 999881257.

CENSURA ZERO – AQUI TEM CONTEÚDO! | REDAÇÃO MULTIMÍDIA

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