Desde que foi proclamado, na Câmara de São Mateus, o resultado de 8 votos a 3 dos vereadores, barrando o impeachment do prefeito Daniel Santana (sem partido), passaram a ser intensas as manifestações dos mateenses na avaliação do comportamento dos parlamentares. O entendimento geral é de que os oito parlamentares deram as costas à vontade popular de cassação do Chefe do Executivo, apontado no inquérito da Polícia Federal como “chefe de uma organização criminosa que se apoderou da Prefeitura de São Mateus”.

O relatório final da Comissão Processante do Legislativo teve parecer pela cassação do prefeito Daniel da Açaí, tomando por base as provas das investigações da Polícia Federal, com apoio da Controladoria Geral da União (CGU) e do Ministério Público Federal (MPF), e aval do Tribunal Regional Federal da 2ª Região (TRF-2), destacando, entre outros aspectos, que o prefeito possui empresas em nome de laranjas (Água Mineral Açaí, Multishow, Construshow e Trade); recebeu dinheiro de empresas que prestaram ou prestam serviços para a Prefeitura de São Mateus; e adquiriu imóveis e carros de luxo, em nome de terceiros, para lavar dinheiro adquirido de forma fraudulenta.

Votaram a favor do impeachment os vereadores Carlinho Simião (Podemos), Gilton Gomes (Pia – PSDB) e Laílson da Aroeira (Solidariedade). O prefeito Daniel da Açaí se livrou da cassação do mandato com os votos de Cristiano Balanga (Pros), Kácio Mendes (PSDB), Paulo Fundão (Paulinho do Camarão VG – PP), Ciety Cerqueira (PT), Delermano Suim (Patriota), Adeci de Sena (Cidadania), Preta Nascimento (PSB) e Isael Aguilar (União Brasil).

“Vergonhoso e imoral”, registrou Maria Aparecida Venturine, em comentário no link da reportagem sobre a votação compartilhado no Facebook. “Bobos da corte. Assinaram suas sentenças de nunca mais ganhar eleição. Ficar contra o povo! É o povo que coloca e tira. Aguardem; quem viver verá”, frisou Renatinho Borges Santos.

“SÓ RESTOU DECEPÇÃO”

Gilson Souza Ribeiro mostrou-se decepcionado com o posicionamento da maioria dos parlamentares: “Nesse momento, só me restou a decepção. Eu fui muito errado em confiar no homem! Mas cada um deles ainda terá que prestar contas ao Criador”.
John Leno Leite dos Santos também comentou nessa linha: “Cabe agora, nas próximas eleições, a população de São Mateus acordar, e não deixar se levar por tapinha nas costas e nem por discursos enganadores”.

Romildo Cruz também deixou seu desabafo registrado: “Como diz o ex-prefeito de Colatina [Serginho Menegueli]: prefeito não rouba sem o aval do Legislativo. De 11 só 3 não se corromperam”. Madalena Clarindo prevê um futuro difícil para os mateenses: “Só Jesus por nós. Vai ficar pior a Cidade de São Mateus”. Maria Santos comentou: “Cada um tem que prestar contas diante daquele que não dorme”.

“VERGONHOSO APOIAR ROUBOS”

Lu Gonçalves lembrou o pedido de socorro do Povo Mateense, que não foi ouvido pelos oito vereadores que contrariaram o inquérito da Polícia Federal: “São Mateus, a cidade esquecida, abandonada, que nunca irá pra frente por causa desse tipo de políticos. Vergonhoso apoiar roubos! Enquanto isso, a população sofre e pede socorro”.

Outro internet que manifestou sua revolta nas redes sociais foi Rony Brasil: “Não podemos deixar voltar nenhum deles. Sabemos quem apoia corruptos.
Espero que o inquérito da PF, do MPF e da CGU não caia no esquecimento”.

Gerson Calixto comentou afirmando que está há “10 anos em Santana Catarina e pensa em voltar”, mas mostrou desânimo com esses acontecimentos. Pablo Gonzalez respondeu com uma orientação impactante: “Gerson Calixto, volta, não! Aqui tem ladrão (prefeito e sua corja), buraco, lixo, mato, urubu e muito mais. Cidade lixão!”.

LIMINAR E AÇÃO PENAL

O Ministério Público Federal já protocolou pedido de reconsideração da liminar concedida pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ) ao habeas corpus impetrada pela defesa de Daniel da Açaí, no recesso do Poder Judiciário. É por conta dessa manobra jurídica que ele retornou ao cargo de prefeito em 22 de dezembro de 2021. A decisão pode sair a qualquer momento.

O MPF também está em vias de protocolar a ação penal contra Daniel e outras 17 pessoas na Justiça Federal, com base no inquérito da Polícia Federal. A partir desse momento, o prefeito e outros indiciados vão tornar-se réus, passando a responder, com direito a ampla defesa, pelos crimes a serem tipificados. No inquérito, Daniel da Açaí é indiciado pelos crimes de organização criminosa, fraudes em licitações, corrupção passiva e lavagem de dinheiro.

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