Morre, aos 72 anos, Moraes Moreira; última composição do cantor baiano foi ‘Quarentena’, sobre o novo coronavírus

-

O cantor Moraes Moreira morreu, na madrugada desta segunda-feira (13/4), em casa no Rio de Janeiro. A informação foi divulgada nesta manhã pelo Blog do Marrom, do jornal baiano Correio 24 Horas.

A assessoria de imprensa do cantor ainda não se pronunciou, assim como a família do artista. No entanto, o cantor e compositor Paulinho Boca de Cantor, que integrou os Novos Baianos, confirmou a informação ao jornalista Osmar Martins, mais conhecido como Marrom. De acordo com Paulinho, que estava muito consternado, Moraes Moreira morreu dormindo.

Também não há ainda informações sobre velório e sepultamento. Dias antes da morte, Moraes havia feito uma publicação no Instagram dizendo que estava aproveitando o período de quarentena devido à pandemia de coronavírus para tocar e escrever.

Na época, publicou um cordel escrito na madrugada, intitulado Quarentena. “O que vale é o ser humano/ E sua dignidade/ Vivemos num mundo insano/ Queremos mais liberdade,/ Pra que tudo isso mude/ Certeza, ninguém se ilude/ Não tem tempo,nem idade”.

View this post on Instagram

Oi pessoal estou aqui na Gávea entre minha casa e escritório que ficam próximos,cumprindo minha quarentena,tocando e escrevendo sem parar. Este Cordel nasceu na madrugada do dia 17, envio para apreciação de vocês .Boa sorte Quarentena (Moraes Moreira) Eu temo o coronavirus E zelo por minha vida Mas tenho medo de tiros Também de bala perdida, A nossa fé é vacina O professor que me ensina Será minha própria lida Assombra-me a pandemia Que agora domina o mundo Mas tenho uma garantia Não sou nenhum vagabundo, Porque todo cidadão Merece mas atenção O sentimento é profundo Eu não queria essa praga Que não é mais do Egito Não quero que ela traga O mal que sempre eu evito, Os males não são eternos Pois os recursos modernos Estão aí, acredito De quem será esse lucro Ou mesmo a teoria? Detesto falar de estrupo Eu gosto é de poesia, Mas creio na consciência E digo não a todo dia Eu tenho medo do excesso Que seja em qualquer sentido Mas também do retrocesso Que por aí escondido, As vezes é o que notamos Passar o que já passamos Jamais será esquecido Até aceito a polícia Mas quando muda de letra E se transforma em milícia Odeio essa mutreta, Pra combater o que alarma Só tenho mesmo uma arma Que é a minha caneta Com tanta coisa inda cismo…. Estão na ordem do dia Eu digo não ao machismo Também a misoginia, Tem outros que eu não aceito É o tal do preconceito E as sombras da hipocrisia As coisas já forem postas Mas prevalecem os relés Queremos sim ter respostas Sobre as nossas Marielles, Em meio a um mundo efêmero Não é só questão de gênero Nem de homens ou mulheres O que vale é o ser humano E sua dignidade Vivemos num mundo insano Queremos mais liberdade, Pra que tudo isso mude Certeza, ninguém se ilude Não tem tempo,nem.idade

A post shared by Moraes Moreira (@moraesmoreiraoficial) on

CENSURA ZERO – AQUI TEM CONTEÚDO! | REDAÇÃO MULTIMÍDIA

spot_imgspot_img
spot_img

OUTROS DESTAQUES:

Open chat
Olá, seja bem-vindo(a) ao portal CENSURA ZERO!
-Faça seu cadastro para receber Boletins Informativos em Transmissão pelo WhatsApp e autorizar o envio de notícias!
-É simples, rápido e seguro, nos termos da nossa Política de Privacidade, disponível no site.
-Deixe seu NOME COMPLETO e a CIDADE onde mora!
Obrigado e volte sempre!