Morreu em Petrópolis, região serrana do Rio de Janeiro, neste domingo (18/10), aos 104 anos, o tenente-coronel João Freire Jucá Sobrinho, da Polícia Militar do antigo Estado da Guanabara, quando o Rio ainda era capital da República. Ele era o policial mais antigo da instituição.
O oficial superior passou por duas guerras mundiais, gripe espanhola e covid-19 e morreu em casa de mal súbito. Antes, há três semanas, sofreu um derrame e foi levado para um hospital da região serrana. Depois de internado por 11 dias, voltou para casa para se recuperar.
O tenente-coronel Jucá Sobrinho ingressou na Polícia Militar como recruta no dia 20 de julho de 1934 e passou por vários batalhões, entre eles, o 2º batalhão, em Botafogo, e o 3º Batalhão, no Méier. Depois fez cursos para cabo e sargento e, mais tarde, passou para oficial, ingressando na Cavalaria. Ele comandou também a Companhia de Motociclistas, baseada no 4º Batalhão, em São Cristóvão. O registro geral de Jucá na PM é 00104.
Depois de mais de 40 anos na corporação, passou para a reserva remunerada, no posto de tenente-coronel. Antes, decidiu morar em Petrópolis, aos 59 anos, onde foi lotado no batalhão da Cidade.
Em depoimento para a página da Polícia Militar, o tenente-coronel João Freire Jucá Sobrinho disse que “foi muito boa a minha vida na carreira militar. Muito reconhecimento. Eu procurava trabalhar direito para fazer jus a isso. A Polícia Militar sempre foi muito boa para mim”, declarou.
Jucá Sobrinho nasceu no bairro de Anchieta, zona norte do Rio de Janeiro. Ele deixa a esposa Vanda, de 95 anos, cinco filhos, 17 netos e 22 bisnetos.
O corpo do militar foi velado no Cemitério de Petrópolis, onde ocorreu o enterro hoje à tarde.
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