O Ministério Público do Estado do Espírito Santo, por meio da Promotoria Eleitoral da 17ª Zona Eleitoral, manifestou-se favorável ao deferimento de diligências solicitadas pela Justiça Eleitoral para investigar possíveis irregularidades relacionadas à campanha eleitoral em Anchieta. O parecer foi assinado pelo Promotor Eleitoral Robson Sartório Cavalini (veja aqui).

A ação judicial foi movida pela coligação Juntos, Vamos Voltar a Dar Certo, composta por sete partidos, incluindo Podemos, MDB e PDT. O grupo alega que o atual prefeito de Anchieta, Fabrício Petri (PSB), teria utilizado a máquina pública para beneficiar os candidatos Léo Português (PSB) e Renato Lorencini (União Brasil), apoiados por ele como continuidade de sua gestão.

Entre os indícios apontados na denúncia, destaca-se a utilização do slogan “Fabrício é Léo, eu também”, amplamente divulgado durante a campanha em veículos, muros e propriedades particulares.

A coligação autora, dos candidatos a prefeito Marquinho Assad (Podemos) e vice Edinho Édemais (MDB), sustenta que o atual prefeito teria violado a conduta esperada de um Chefe do Executivo ao participar diretamente das estratégias eleitorais de seus aliados.

Indícios de abuso e irregularidades

O parecer do promotor Robson Cavalini lista uma série de possíveis irregularidades que exigem maior apuração, incluindo contratações diretas e terceirizadas em período eleitoral; suposto abuso no aumento de contratações de pessoal por nomeações diretas e terceirizações realizadas pela administração pública em momento próximo ao pleito eleitoral; uso de maquinário público para benefícios particulares; alegações de que máquinas da Prefeitura e de empresas terceirizadas foram usadas para favorecer propriedades privadas; distribuição de benefícios em troca de votos; distribuição de cestas básicas aos eleitores na véspera da eleição, com agravantes como o uso de servidores e da estrutura municipal, doações de bens públicos e doação de postes em período eleitoral, o que pode configurar abuso de poder econômico e político.

Próximos passos

A investigação, que poderá envolver a Polícia Civil e a Polícia Federal, busca esclarecer se as ações configuram abuso de poder político e econômico por parte do atual prefeito e de seus aliados.

Caso as denúncias sejam confirmadas, os envolvidos poderão enfrentar sanções que incluem a inelegibilidade e a cassação de registros ou diplomas eleitorais.

O parecer do Ministério Público Eleitoral demonstra a gravidade das denúncias e reforça o compromisso da instituição com a integridade do processo democrático. O caso segue em análise pela Justiça Eleitoral.

ÇENSURA ZERO – AQUI TEM CONTEÚDO! | REDAÇÃO MULTIMÍDIA | COM INFORMAÇÕES DE TONINHO RONDOW/FATO ES