POR MATILE FACÓ*
Andei por ruas tortuosas e avenidas largas, explorando o intricado labirinto que é a jornada da vida. Os caminhos da alma, como teias invisíveis, se entrelaçam a cada esquina, a cada decisão tomada sob o peso da incerteza. A cada passo, percebo que não são os destinos finais que moldam nossa essência, mas sim os desafios e as alegrias encontrados ao longo do percurso.
Há uma coragem latente em seguir os chamados do coração. É como se cada passo dado, mesmo hesitante, abrisse uma nova página no livro da vida. Enfrentar o desconhecido é despir se das amarras do conformismo, é ousar dançar no compasso errático do destino.
Nossa existência é tecida por tramas inesperadas, cada desafio um fio que se entrelaça ao próximo. E assim, entre lágrimas e sorrisos, construímos a tapeçaria única que é a nossa história. Não são as vitórias que definem nossa jornada, mas sim a resiliência que carregamos ao enfrentar as quedas.
Alegrias são como pequenas ilhas em meio ao oceano turbulento da vida. Elas surgem quando menos esperamos, como um raio de sol rompendo as nuvens escuras. E é nesses momentos que sentimos a plenitude do viver, a força que nos impulsiona a continuar.
Porém, os caminhos da alma também passam por vales profundos, onde a escuridão parece envolver tudo. São momentos de introspecção, de questionar os porquês e os para quês. Mas são esses vales que nos permitem apreciar a beleza dos picos mais altos, nos mostrando que mesmo na escuridão, há lições a serem aprendidas.
E assim, meus pés cansados continuam a trilhar o caminho. Não busco um destino final perfeito, mas sim uma jornada rica em experiências, em aprendizados. As pegadas que deixo para trás contam a história das batalhas que enfrentei, das superações que alcancei e das vezes que me perdi para me encontrar novamente.
Os caminhos da alma não são retos, não seguem uma linha lógica. Eles são como rios sinuosos que nos levam a paisagens desconhecidas. Em cada curva, descubro um novo aspecto de mim mesma, uma nova perspectiva que amplia meu entendimento do mundo.
A jornada é minha, mas não sou a única a percorrê-la. Encontro outros viajantes, cada um com sua própria bagagem de histórias. Compartilhamos sorrisos e abraços, trocamos histórias e, por um breve momento, nossos caminhos se cruzam. E assim, percebo que não estamos sozinhos nessa jornada labiríntica.
E no fim das contas, o valor dos caminhos da alma não está na chegada, mas nas histórias contadas durante a viagem. Cada desafio superado, cada alegria celebrada, é um capítulo que acrescentamos à nossa narrativa pessoal. E, enquanto os dias se desdobram diante de nós, continuaremos a seguir nossos corações, desbravando as estradas que moldam quem somos.
E assim, continuo minha caminhada, explorando cada recanto da minha alma, enfrentando desafios e abraçando alegrias. Porque, afinal, é na jornada que encontro a verdadeira essência do meu ser, é nos caminhos da alma que descubro a coragem de seguir meu coração, mesmo quando o destino ainda é um mistério.
*MATILE FACÓ, 31 anos, nasceu e mora em Fortaleza-CE. É autora do ebook Enigmas e Amizade -uma obra cativante voltada para o público infantojuvenil, lançado na plataforma Amazon; e participou de diversas antologias literárias. É também blogueira e escritora de crônicas e poesias em seu blog pessoal, explorando temas profundos e inspiradores sobre a jornada humana. | Instagram perfil pessoal: @mafilefaco Instagram perfil literário:@meu.universo.inteiro
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