A exemplo do que ocorre com o prefeito de São Mateus-ES, Daniel Santana, o Daniel da Açaí (sem partido), outro Chefe de Executivo capixaba enfrenta um processo de impeachment na Câmara de Vereadores, correndo o risco de perder o mandato. Trata-se do prefeito Toninho Galhano (PP), de Bom Jesus do Norte, cidade com cerca de 10 mil habitantes no extremo-sul do Espírito Santo. A sessão de julgamento no Legislativo está marcada para esta segunda-feira (17/01), às 18h.
As informações são do Blog Alan Gonçalves, que, em outubro de 2021, noticiou o escândalo provocado pela compra de R$ 102 mil em medicamentos por parte da Prefeitura de Bom Jesus do Norte, realizada numa farmácia no Distrito de Santo Eduardo, em Campos dos Goytacazes, norte do Estado do Rio de Janeiro.
O fato teve repercussão nacional e resultou no pedido de exoneração da então secretária de Saúde, Laura Arêas, 17 dias depois. Assim como em São Mateus, a gestão de Toninho Galhano também foi alvo de investigações da Polícia Federal.
MEDICAMENTOS COM PREÇOS SUPERFATURADOS
A Câmara de Vereadores abriu uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para apurar a compra e, após as investigações, foi comprado o superfaturamento. “O processo seguiu todo o trâmite legal de investigação e acabou virando um processo de impeachment contra o prefeito Toninho Gualhano, que poderá ter seu mandato cassado”, frisa o Blog Alan Gonçalves.
Ficou comprovado que a Prefeitura de Bom Jesus do Norte fez uma cotação de preços para adquirir medicamentos básicos em duas farmácias do Município e na Farmácia Louvain, de Santo Eduardo, Município de Campos dos Goytacazes: R$ 102.967,00, contra R$ 51.831,00 (Farmácia 1 de Bom Jesus do Norte) e R$ 62.695,00 (Farmácia 2 de Bom Jesus do Norte). “Ou seja, seriam quase 50% mais barato comprar de alguma das duas farmácias locais”, frisou o jornalista Alan Gonçalves, em seu blog.
A Comissão Processante formada na Câmara Municipal realizou as diligências e oitivas no âmbito do processo de impeachment e aprovou relatório final pela cassação do mandato do prefeito. A Câmara de Bom Jesus do Norte marcou sessão extraordinária para esta segunda-feira (17/01), às 18h. Para haver a cassação, são necessários, no mínimo, seis votos do total de 9 vereadores.
VEJA ALGUNS DOCUMENTOS COMPROBATÓRIOS DAS IRREGULARIDADES:
