Revista Época admite erro em reportagem sobre Heloisa Bolsonaro, nora do Presidente da República

Depois da repercussão negativa após a publicação da reportagem ‘O coaching on-line de Heloisa Bolsonaro: as lições que podem ajudar Eduardo a ser embaixador’ na revista Época, o Conselho Editorial do Grupo Globo emitiu uma nota nesta segunda-feira (16/09) para reconhecer que o texto foi um erro.

Na reportagem em questão, um jornalista da Época acompanhou o curso de coaching da esposa do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) e nora do Presidente da República, Jair Bolsonaro, e levou a público os acontecimentos vivenciados ao lado de Heloisa.

“Como toda atividade humana, o jornalismo não é imune a erros. Os controles existem, são eficientes na maior parte das vezes, mas há casos em que uma sucessão de eventos na cadeia que vai da pauta à publicação de uma reportagem produz um equívoco”, lamentou o Grupo Globo, responsável pela revista.

“A Época se norteia pelos Princípios Editoriais do Grupo Globo, de conhecimento dos leitores e de suas fontes desde 2011. Mas, ao decidir publicar a reportagem, a revista errou, sem dolo, na interpretação de uma série deles”, disse o comunicado.

O Grupo Globo admitiu que a coach Heloisa Bolsonaro teve sua privacidade desrespeitada pela reportagem da revista Época.

RESPEITO À PRIVACIDADE DAS PESSOAS

Entre os erros apontados, o Grupo Globo cita o respeito à privacidade das pessoas, sejam elas celebridades, artistas, políticos, autoridades religiosas, servidores públicos em cargos de direção, atletas ou líderes empresariais.

“Aspectos de suas vidas privadas podem ser relevantes para o julgamento de suas vidas públicas e para a definição de suas personalidades e estilos de vida e, por isso, merecem atenção. Cada caso é um caso, e a decisão a respeito, como sempre, deve ser tomada após reflexão, de preferência que envolva o maior número possível de pessoas”, avalia o texto.

A nota afirma também que a revista Época errou ao “tomar Heloisa Bolsonaro como pessoa pública ao participar de seu coaching on-line”. “Heloisa leva, porém, uma vida discreta, não participa de atividades públicas e desempenha sua profissão de acordo com a lei. Não pode, portanto, ser considerada uma figura pública”.

LEIA A ÍNTEGRA DA NOTA DO GRUPO GLOBO:

“Como toda atividade humana, o jornalismo não é imune a erros. Os controles existem, são eficientes na maior parte das vezes, mas há casos em que uma sucessão de eventos na cadeia que vai da pauta à publicação de uma reportagem produz um equívoco.

Foi o que aconteceu com a reportagem “O coaching on-line de Heloisa Bolsonaro: as lições que podem ajudar Eduardo a ser embaixador”, publicada na última sexta-feira. ÉPOCA se norteia pelos Princípios Editoriais do Grupo Globo, de conhecimento dos leitores e de suas fontes desde 2011.

Mas, ao decidir publicar a reportagem, a revista errou, sem dolo, na interpretação de uma série deles. É certo que em sua seção II, item 2, letra “h”, está dito: “A privacidade das pessoas será respeitada, especialmente em seu lar e em seu lugar de trabalho. A menos que esteja agindo contra a lei, ninguém será obrigado a participar de reportagens”.

A letra “i” da mesma seção abre a seguinte exceção: “Pessoas públicas – celebridades, artistas, políticos, autoridades religiosas, servidores públicos em cargos de direção, atletas e líderes empresariais, entre outros – por definição abdicam em larga medida de seu direito à privacidade.

CENSURA ZERO – AQUI TEM CONTEÚDO! | REDAÇÃO MULTIMÍDIA | COM INFORMAÇÕES DO R7



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