O prefeito Daniel Santana, o Daniel da Açaí (sem partido), baixou decreto reduzindo a jornada de trabalho na administração pública em São Mateus, numa tentativa de esvaziar a greve dos servidores municipais, iniciada na quinta-feira (1º/09) e com previsão inicial de durar até o dia 30 deste mês, se não houver acordo entre Sindserv e o Poder Executivo.

Oficialmente, a gestão Daniel destaca que o objetivo do decreto é “reduzir gastos e otimizar a utilização de instalações e equipamentos”. Mas o entendimento é de que a modificação na duração do horário de atendimento ao público na Prefeitura, passando a ser seis horas, das 7h às 13h (exceto para os setores essenciais e serviços que são prestados em regime de escala ou plantão), trata-se de uma “Operação Vai que Cola”.

Também não serão atingidos pelo decreto os funcionários que, por força de lei, têm jornada de trabalho diferenciada ou os servidores da Educação e da Saúde. A secretaria municipal de Administração, Rita de Cassia Pereira Costa, acrescenta ainda que não haverá modificações na remuneração dos servidores em função da redução da carga horária.

Grevistas afirmam que está havendo pressão sobre os servidores comissionados e chefes de setor para não aderirem à paralisação geral coordenada pelo Sindserv. Conforme a Secretaria Municipal de Administração, “inicialmente a modificação é experimental – válida até o dia 30 de setembro – mas poderá ser estendida ou ter caráter definitivo se, na avaliação programada após o período de experiência, trouxer ou superar os resultados esperados”.

SECRETÁRIA

Em nota publicada no site oficial da PMSM, a secretária Rita de Cássia Pereira Costa, em esforço para justificar o posicionamento político do prefeito Daniel da Açaí em relação à greve dos servidores, afirma que “a ideia, oferecendo uma jornada contínua, de seis horas, é reduzir os gastos com energia elétrica, materiais de consumo, vale-transporte e outros itens”.

Rita de Cássia afirma “considerar a necessidade de adimplemento de direitos acordados junto aos servidores”. “A explicação técnica é bem na linha do ‘vai que cola'”, salientou uma servidora administrativa que, mesmo contrariando a ordem da diretora onde está lotada, permanece na greve geral. “Estou firme com o Sindserv e meus colegas trabalhadores das diversas categorias”, salientou a servidora efetiva.

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