Sindilimpe-ES confirma atraso no pagamento de garis em São Mateus; Prefeitura se omite e Fortaleza promete, mas não envia nota de esclarecimento

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O Sindicato das Trabalhadoras e Trabalhadores em Empresas Prestadoras de Serviços de Asseio, Conservação, Limpeza Pública Urbana e Privada no Estado do Espírito Santo (Sindilimpe-ES) confirmou, na tarde desta quarta-feira (8/04), a denúncia feita por trabalhadores da empresa Fortaleza Ambiental sobre o atraso no pagamento referente ao mês de março, por conta do não repasse de valores contratuais por parte da Prefeitura de São Mateus. A informação foi divulgada na noite de terça-feira (7/04) pelo CENSURA ZERO, a partir de publicação do site VBN Notícias.

Procurada pelo CENSURA ZERO, a advogada do Sindilimpe-ES, Poliana Firme de Oliveira, disse que tomou conhecimento nesta quarta-feira (4/04) da “ausência de pagamento dos trabalhadores da limpeza urbana que prestam serviços para o município”. Ela afirma que, “de acordo com a denúncia de vários trabalhadores, a empresa não efetuou o pagamento dos salários do mês de março, vencidos no quinto dia útil de abril”.

A advogada do Sindilimpe-ES afirmou que, “por questões éticas oriundas da Advocacia”, tentou contato com o advogado da Fortaleza Ambiental nesta quarta (8), mas não obteve êxito: “Até o presente momento não consegui falar, o telefone está caindo na caixa postal”.

O Sindilimpe-ES confirmou o conteúdo da reportagem publicada pelo CENSURA ZERO, a partir das informações do site VBN Notícias. “As denúncias dos trabalhadores indicam que a empresa alega a ausência de pagamento por parte do município [Prefeitura de São Mateus]”, disse a advogada Poliana Firme de Oliveira.

Na entrevista ao jornalista André Oliveira, a advogada destacou que “o Sindilimpe-ES irá adotar as medidas judiciais cabíveis contra a empresa e contra o município, tendo em vista a grande importância destes trabalhadores no atual momento de pandemia provocada pelo Coronavírus”, reforçando que “os trabalhadores da limpeza urbana são os primeiros agentes de saúde dos municípios e estão trabalhando de forma incansável para manter a cidade limpa e ainda em exposição de alto risco”.

A advogada afirmou que, com relação ao caso, entre as possíveis medidas a serem adotadas pelo Sindilimpe-ES estão “denúncia ao Ministério Público do Trabalho e ajuizamento de ação para resguardar o pagamento dos trabalhadores”.

FORTALEZA AMBIENTAL

Em contato com a Direção de Jornalismo e Conteúdo do CENSURA ZERO na tarde desta quarta-feira (8/04), a gerência da Fortaleza Ambiental em São Mateus assegurou que o setor jurídico da empresa estava providenciando uma nota de esclarecimento sobre o assunto.

Foi solicitado que o documento fosse enviado para o e-mail oficial do CENSURA ZERO (devidamente informado à gerência), o que não ocorreu até a publicação desta matéria.

PREFEITURA DE SÃO MATEUS

A Prefeitura de São Mateus não se pronunciou oficialmente sobre o assunto. Mesmo diante da grande repercussão criada em torno do assunto, o prefeito Daniel Santana e a Secretaria Municipal de Obras, Infraestrutura e Transportes, responsável pelo serviço público de coleta de lixo e limpeza, não se manifestaram sobre a denúncia do não repasse dos recursos firmados em contrato à Fortaleza Ambiental, apontado como causa do atraso do pagamento dos salários de quase 160 trabalhadores.

O CENSURA ZERO disponibiliza espaço para que representantes da Prefeitura de São Mateus, da Secretaria Municipal de Obras, Infraestrutura e Transporte e da Fortaleza Ambiental façam as manifestações que julgarem oportunas aos trabalhadores e à comunidade de São Mateus.  

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