Presidente da República Luís Inácio Lula da Silva

POR ANDRÉ OLIVEIRA*

A mais recente pesquisa do Datafolha revelou um cenário desafiador para o governo do presidente Lula. Com apenas 24% de aprovação e uma reprovação que alcança 41%, os números representam o pior índice entre seus três mandatos. Falhas na comunicação governamental estão apontadas entre os fatores que mais contribuem para essa queda. De acordo com o especialista em comunicação e linguagem persuasiva, Giovanni Begossi, mentor de grandes personalidades, entre elas políticos e empresários, a falta de uma comunicação clara e eficiente prejudica a percepção pública.

-Giovanni analisa, por exemplo, que o governo tem dificuldades em controlar a própria narrativa e acaba perdendo espaço para a desinformação e os ruídos. O especialista concorda com algo que sempre destacamos em análises políticas, inclusive quando fazemos referência ao atual cenário em São Mateus: comunicar-se bem e de forma eficiente não é um detalhe, é uma estratégia de governo e popularidade.

-O recente caso envolvendo o Pix ilustra os impactos da fragilidade do governo Lula. A instrução normativa da Receita Federal gerou interpretações equivocadas sobre uma suposta taxação que, mal explicada, chamou a atenção e despertou a insatisfação de trabalhadores informais e autônomos. Só que o governo demorou a reagir e isso permitiu que as fake news e o ambiente de desinformação se espalhassem antes de um esclarecimento oficial.

-O atraso na resposta contribuiu para uma percepção de insegurança, o que é um erro grave na era das redes sociais, na qual a informação circula rapidamente e a oposição se aproveita disso, conforme atesta Giovani Begossi, que é uma autoridade no assunto com o maior perfil de oratória das redes na América Latina, com quase 4 milhões de seguidores.

-Aliados políticos também expressam insatisfação com a falta de clareza nas mensagens do governo. Os desencontros na comunicação interna dificultam a articulação política e aumentam a resistência da base governista. O próprio presidente Lula reconheceu a falha, admitindo que sua gestão precisa melhorar na forma como se comunica com a sociedade.

-Para isso, recentemente, a Presidência da República decidiu mudar sua equipe de comunicação, decisão que reflete o quanto está claro que ajustes são necessários para melhorar a mensagem que chega às pessoas. A nova gestão da Secretaria de Comunicação Social (Secom) enfrenta o desafio de reverter a imagem de um governo que falha em explicar suas próprias ações e em se defender de ataques e narrativas adversárias.

Giovanni Begossi, especialista em comunicação e linguagem persuasiva

-O especialista Giovanni Begossi, que tem 13 anos de estudos dedicados à comunicação, apresenta dados que merecem uma atenção especial. Por exemplo, 93% da comunicação estão relacionados à forma como a gente fala e apenas 7% ao que a gente fala, o conteúdo. Daí a importância de traçar uma boa estratégia para se comunicar com as pessoas.

-Outro ponto de observação é que a oposição está atenta e qualquer erro, principalmente que afete o bolso do contribuinte, é repercutido rapidamente, o que não acontecia nos governos anteriores. Claramente é uma briga de comunicação mesmo, esse é um dos pontos negativos que deterioram a imagem do governo, ele precisa deixar as ideias mais claras e convincentes.

-Lula também não consegue chegar aos mais jovens, muito menos à classe conservadora da população. Os discursos dele já estão ultrapassados – em conteúdo e na abordagem- e tudo isso contribui para essa falta de popularidade sem igual.

ESTÁ ESCRITO!

“Em política é preciso curar os males e nunca vingá-los” (Napoleão III).

ESTÁ CANTADO!

“Nas favelas, no Senado
Sujeira pra todo lado
Ninguém respeita a Constituição
Mas todos acreditam no futuro da nação

Que país é esse?
Que país é esse?
Que país é esse?

No Amazonas, no Araguaia-ia-ia
Na Baixada Fluminense
Mato Grosso, Minas Gerais
E no Nordeste tudo em paz”
(Renato Russo, da Legião Urbana, na música Que país é este?”.

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*ANDRÉ OLIVEIRA é radialista e jornalista com 34 anos de experiência; é Diretor de Jornalismo e Conteúdo do site CENSURA ZERO | Colaboração da Equipe de Máxima Assessoria de Imprensa.

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