POR EQUIPE CZ-318

PATRULHA AGRÍCOLA

O teor do discurso do vereador Cristiano Balanga (Pros), na condição de líder do prefeito Daniel Santana, além de ter surpreendido a todos, trouxe a público algo que já se previa com a aprovação do projeto e a posterior sanção da lei que criou o Programa de Mecanização Agrícola de São Mateus: a disputa entre os vereadores para indicar os serviços com uso do maquinário da Prefeitura de São Mateus, que já atuava no patrolamento e recuperação de estradas vicinais. O rompante de Balanga foi por “ciumeira política” da vereadora Ciety Cerqueira (PT), ao acusar que as máquinas estariam servindo mais ao reduto dela -a região dos quilômetros -, do que localidades de outros distritos.

-Vale a pena lembrar que o projeto de lei, com igual teor de proposta rejeitada em 2020, foi o primeiro a ser aprovado pela atual composição da Câmara de Vereadores. A Lei nº 1.939/2021 foi sancionada em 4 de março e, depois, o prefeito Daniel Santana (sem partido), assinou o Decreto nº 12.477/2021, que regulamentou a lei, inclusive definindo as taxas dos serviços a serem prestados aos produtores rurais, com valores de máquina/hora 40% menores do que os praticados pelo mercado.

-Na prática, os valores variam entre R$ 24,00 e R$ 58,00, mas, com os próprios vereadores fazendo a indicação (e o direcionamento) dos serviços em seus redutos na zona rural, fica difícil haver a fiscalização da quantidade exata de horas trabalhadas e a cobrança desses valores, quando houver, já que há muitas possibilidades de isenção de taxas. E isso é muito sério!

-Pelo decreto, que vigora desde o dia 26 de abril, a gestão dos serviços da Patrulha de Mecanização Agrícola são de responsabilidade da Secretaria Municipal de Agricultura, destacando que o objetivo é o apoio aos produtores rurais no desenvolvimento de suas atividades agropecuárias. E é também por isso que houve surto do vereador Balanga com Ciety: foi ela quem indicou o secretário de Agricultura, José Carlos Cosme, que é desconhecido da grande maioria da Comunidade Mateense, inclusive do meio rural.

-Na condição de líder do Prefeito, o vereador Cristiano Balanga cobrou de Daniel a exoneração do Secretário de Agricultura, entrando em rota de colisão com o PT, um dos esteios da gestão municipal, inclusive no Legislativo. Cabe ressaltar que, além de inúmeras vagas de emprego no Executivo, o PT emplacou na Câmara Municipal o ex-vereador Francisco Amaro no cargo administrativo-operacional mais importante, o de Superintendente Geral da Câmara, e tem também o ex-vereador Paulo Chagas no cargo de Secretário de Comunicação e o ex-vereador Dôda Mendonça na Controladoria Legislativa Interna e Auditoria, além de outros cargos estratégicos.

DATA MAXIMA VENIA

Um dos assuntos mais comentados em São Mateus, inclusive nas redes sociais e grupos de WhatsApp, é o uso da expressão Data maxima venia pelo presidente da Câmara Municipal, Paulo Fundão (PP), ao se mostrar surpreso com o teor do discurso do líder do prefeito, vereador Cristiano Balanga (Pros), na sessão de terça-feira (15/06).

-Que Dr. Paulo Fundão, advogado, costuma abusar do juridiquês nos discursos e à frente da Câmara de Vereadores todos já sabem. Mas, desta vez, soou ainda mais cômico por conta da reação de Balanga, esboçando dificuldades para entender o significado da expressão em latim, em momento acalorado do discurso dele.

-A expressão Data venia corresponde a dizer “com o devido respeito” ou “com a devida vênia” para argumentar contra o posicionamento de outrem. É amplamente utilizada em contextos jurídicos: em artigos acadêmicos, em julgamentos ou em debates entre estudantes de Direito, advogados, promotores, juízes e desembargadores. Quando o profissional da área jurídica pretende apresentar uma opinião divergente da que foi exposta, então, para não parecer arrogante ou autoritário, introduz a cordial expressão. Quando usada em sentido inverso, ou seja, dirigida a alguém com posição inferior, pode ser uma clara demonstração de ironia com o outro. Para enfatizar a pretensão, também é usada a expressão data maxima venia, na qual o termo “maxima” tem a função de intensificar a expressão. Foi no contexto desse segundo sentido, que Fundão usou a expressão do juridiquês na sessão de terça-feira (15).

RAP-ÓPERA

Como a Equipe CZ-318 não deixa passar nada, surgiu a ideia da criação do quadro O TEMA E O RITMO, destacando o uso da expressão erudita do presidente da Câmara de São Mateus, Paulo Fundão, ao se dirigir ao vereador Cristiano Balanga, líder do Prefeito no Legislativo.

Confira o vídeo:

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MAGNO MALTA E BOLSONARO

O ex-senador Magno Malta (PL) pegou uma carona qualificada na visita do Presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido), a São Mateus. Teve direito até a discurso na cerimônia transmitida para todo o País pela TV Brasil .

-Magno destacou-se como ‘puxa-saco’ de Bolsonaro, inclusive ficando sem máscara durante toda a cerimônia, imitando o Presidente e o filho dele, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (Republicanos-SP).

-No entanto, a fala do ex-senador não empolgou os presentes, demonstrando que Magno ainda tem um caminho longo para recuperar o prestígio político e a popularidade de outrora.

-Vale lembrar que Magno Malta ainda não pediu desculpas ao cobrador de ônibus Luiz Alves de Lima, acusado por ele, quando presidente da CPI da Pedofilia, de ter violentado a própria filha, então com 2 anos. O acusado passou nove meses preso, até ser declarado inocente pela Justiça. Luiz mora em Vitória.

TÁ ESCRITO!

“Na política, a verdade deve esperar o momento em que todos precisem dela” ( Bjornstjerne Bjornson)

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