Em um campeonato marcado pela ganância e manchado pelo descaso à vida em meio à pandemia do novo coronavírus, que já fez 75 mil vítimas fatais só no Brasil, o Flamengo fez 1 a 0 no Fluminense, com Vitinho, e sagrou-se bicampeão carioca. A final do ‘Covidão’ 2020, em noite gelada no Rio de Janeiro, foi fria, atípica, sem público, em um Maracanã vazio, melancólico. Festa, apenas, dos rubro-negros com o 36º título estadual do clube.

A expectativa de outro Fla-Flu eletrizante como nos últimos dois jogos foi mais um motivo de decepção no clássico. O primeiro tempo foi truncado, com forte marcação do Fluminense e um Flamengo em câmera lenta, embora com mais posse de bola. Para quem precisava de dois gols para erguer a taça, o Tricolor foi discreto no ataque, com apenas duas finalizações rente à meta de Diego Alves, de Evanilson, aos 14, e de Marcos Paulo, aos 25.

Com a vantagem do empate, o Rubro-Negro respondeu aos 27, em chute forte de Willian Arão, assustando Muriel. Nada, porém, que chegasse a empolgar. Arrascaeta, aos 42, e Pedro, aos 44, também tentaram, em vão, abrir o placar. No mais, muita transpiração, pouca inspiração e certa indulgência por parte das duas equipes.

O clima gelado, dentro e fora de campo, seguiu no segundo tempo, disputado sob garoa e sem empolgar. Muitos erros de passe e pouca criatividade na busca do gol foram a tônica de uma decisão meramente burocrática. O técnico Odair Hellmann ainda mexeu na equipe, mas não mudou a apatia tricolor. O Flamengo, mesmo protocolar, anda chegou à vitória. Aos 49, Vitinho chutou de fora da área, a bola desviou em Nino e encobriu Muriel. A taça é do Mengão.

CENSURA ZERO – AQUI TEM CONTEÚDO! | REDAÇÃO MULTIMÍDIA | CRÉDITO: AGÊNCIA O DIA