Um dos nomes mais atuantes do secretariado do prefeito Daniel Santana e peça fundamental no comitê de enfrentamento às consequências das chuvas em São Mateus, Marinalva Broedel Machado de Almeida pediu demissão na tarde desta terça-feira (20/12) da Secretaria Municipal de Assistência Social.
“Ela foi destratada em público por Daniel no ponto de apoio em Guriri, quando trabalhava no cadastramento de atingidos pelas chuvas para o Cartão Reconstrução”, afirmou uma servidora pública ao CENSURA ZERO, pedindo para não ter o nome divulgado. Marinalva teria pedido exoneração do cargo, sendo atendida pelo prefeito.
O decreto de exoneração de Marinalva Broedel foi publicado no início da noite desta terça-feira (20) no Portal da Transparência da Prefeitura de São Mateus. A substituta é Ana Alice Oliveira Sousa Santos, cuja nomeação também já foi assinada e publicada pelo prefeito Daniel. Ela já foi coordenadora do Procon Municipal.
Marinalva compunha a gestão Daniel da Açaí desde o início do primeiro mandato, tendo um interstício de outubro a dezembro de 2021, no período em que o prefeito cumpriu prisão preventiva de 10 dias na Operação Minucius da Polícia Federal e ficou afastado por três meses do comando da Prefeitura por determinação da Justiça Federal. Na ocasião, o vice Ailton Caffeu assumiu como prefeito em exercício e fez mudanças em quase todo o secretariado.
REPRESENTAÇÃO DO MP ELEITORAL
Conforme o CENSURA ZERO noticiou nesta terça-feira (20/12), o prefeito Daniel da Açaí e a então secretária Marinalva Broedel são alvos de representação do Ministério Público Eleitoral, por usar evento de licitação da Prefeitura de São Mateus no valor de R$ 599 mil para pedir votos em favor do então candidato a reeleição a governador Renato Casagrande, que também foi arrolado na ação.
A prática lesiva à legislação eleitoral ocorreu em outubro deste ano, em plena discuta do segundo turno das eleições para Governador e Presidente da República no Espírito Santo. O vereador Kácio Mendes também participou com Daniel e Marinalva do pedido explícito de votos, aproveitando-se do evento pago com dinheiro público.
O MPF pede que o prefeito de São Mateus seja condenado a pagar multa no valor de R$ 53.205,00; já para o governador pede-se aplicação de multa no valor de R$ 106.410,00; e para a secretária de Assistência Social deverá ser definida multa de R$ 10.641,00. A ação foi protocolizada pelo Ministério Público Federal do Espírito Santo e tramita sob o número 0602538-05.2022.6.08.0000.
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