RETROCESSO EM SÃO MATEUS – Vereadores receberão quase R$ 90 mil sem trabalhar em janeiro; volta do recesso de 1 mês foi aprovada por unanimidade

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O presidente Paulo Fundão (PP) repete quase como um mantra que a “atual composição da Câmara de São Mateus está fazendo história”. E, de fato, pode ser chamado de mentiroso quem nega isso; mas só esse destaque do Legislativo ocorre às avessas, de forma negativa em relação à sociedade mateense.

O mais recente capítulo dos desmandos constatados na Câmara Municipal é o retorno do recesso parlamentar de janeiro, aprovado, por unanimidade, no apagar das luzes do ano legislativo de 2022. Somente com os subsídios dos vereadores de braços cruzados, o custo será de R$ 84.700,00. E será preciso ficar de olho para ver se nenhum parlamentar apresentará gastos buscando o ressarcimento de meio de verba indenizatória, cujos valores máximos são R$ 5 mil cada parlamentar e R$ 7.500 para o Presidente.

Na legislatura passada, havia sido extinta a parada de um mês que tornava as dependências do Legislativo um deserto e permitia o recebimentos dos salários dos parlamentares sem que, efetivamente, exercessem as principais atividades parlamentares, como participar de sessões ordinárias.

No entanto, desde 24 de novembro, está valendo a Resolução 005/2022, com mudanças no Artigo 3º, Inciso I, que oficializa o funcionamento da Câmara de Vereadores de São Mateus no período de 2 de fevereiro a 19 de dezembro. Ou seja, vereadores e a grande maioria dos servidores emendarão o recesso de Natal e Ano e todo o mês de janeiro sem trabalhar, mas com seus vencimentos custeados pelos cofres públicos.

LISTA DOS PRINCIPAIS DESMANDOS DOS VEREADORES

Este mais recente episódios entra para a lista de desmandos da gestão de Paulo Fundão na Câmara de São Mateus, que é extensa: duas edições do regabofe do camarão VG, com custo aos cofres públicos de mais de R$ 300 mil; pagamento de R$ 170 mil feito por Fundão de uma licitação irregular vencida por um empresário preso e com empresa investigada pela Polícia Federal; palanque que o presidente do Legislativo deu ao prefeito Daniel Santana para achincalhar e ameaçar um delegado da Polícia Federal por conta das investigações da Operação Minucius; aprovação sem discussão com a sociedade e divulgação posterior de aumento de 54,22% na tarifa de água e 80% na tarifa de esgoto tratado, e de até 800% no IPTU; aprovação de aumento salarial de 76,83% para prefeito, vice-prefeito e secretários municipais; aprovação de aumento de subsídios em 55,84% para vereadores da próxima legislatura, entre outros.

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