O ‘pacto da vingança’ feito pelo prefeito Daniel Santana (sem partido) com os 11 vereadores que assumiram os mandatos em janeiro deste ano começa a produzir situações incoerentes e inusitadas na Câmara de São Mateus. A atuação de parlamentares ganham um estilo ‘sem noção’ e resultam em sérios prejuízos à população de São Mateus.

O vereador Cristiano Balanga (Pros), que é líder do Prefeito no Legislativo, solicitou a Daniel Santana (sem partido) a pavimentação da Rua Betim, no Bairro Aviação. Na Indicação nº 169/2021, o parlamentar destaca que “é uma reivindicação antiga dos moradores que vêm sofrendo constantemente com a lama no período chuvoso e com a poeira no período de estiagem, que tende a causar doenças respiratórias”. Reforça também que “a falta da pavimentação também prejudica a trafegabilidade”.

Mas um fator chama a atenção na atitude de Balança é que, ao lado dos demais vereadores, ele confirmou, em votação no dia 15 de janeiro deste ano, a retirada de R$ 1 milhão do Orçamento Municipal de 2021 para a construção da unidade de saúde e calçamento de quatro ruas no Bairro Aviação. O montante havia sido assegurado por meio de emendas aditivas do então vereador Jerri Pereira (PP).

Entre as quatro ruas com emendas excluídas com voto de Cristiano Balanga está exatamente a Rua Betim, que tinha R$ 75 mil garantidos no Orçamento aprovado em dezembro de 2020. Ou seja, mesmo que o prefeito Daniel Santana decida atender à indicação de seu líder na Câmara de Vereadores, a comunidade do Bairro Aviação ficará com um prejuízo de R$ 925 mil gerado pelo ‘pacto da vingança’.

PACTO DA VINGANÇA PREJUDICA O POVO

O Veto nº 001/2021, de autoria do prefeito Daniel Santana, anulou 70 emendas aditivas e modificativas que haviam assegurado no Orçamento Municipal de 2021 recursos para diversas obras e ações comunitárias espalhadas pelos cinco distritos de São Mateus.

Mesmo com os benefícios que trariam aos moradores e às comunidades, ao ser reeleito, Daniel encontrou no veto uma forma de se vingar do vereadores da Legislatura passada, com os quais não teve bom relacionamento. E entrou em acordo com os atuais parlamentares.

Por conta do chamado ‘pacto da vingança’, Cristiano Balanga e os demais vereadores estão subservientes ao prefeito Daniel Santana e podem apenas indicar obras e ações ao Poder Executivo, mas sem nenhuma garantia de serem atendidos, já que não há previsão de recursos nos Orçamento Municipal de 2021, que tem valor total de R$ 315 milhões.

O OUTRO LADO

O CENSURA ZERO fez diversos ligações para o telefone celular do vereador Cristiano Balanga, para ouvi-lo sobre o assunto abordado, mas as chamadas não foram atendidas.

O espaço está disponibilizado e, se houve manifestação dele, a reportagem será atualizada.

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