TOM POLÍTICO – Pacto de Casagrande com Daniel divide PSB, espalha aliados, prejudica moradores, pressiona servidores e instiga a prática de crimes eleitorais em São Mateus; entenda

POR EQUIPE CZ-318

Nas rodas de conversas sobre os bastidores destas Eleições 2022, lideranças político-partidárias, empresariais e comunitárias de São Mateus têm se esforçado para entender o pacto firmado pelo governador Renato Casagrande (PSB) com o prefeito Daniel Santana, o Daniel da Açaí (sem partido), entregando ao controverso Chefe do Executivo o comando da sua campanha à reeleição no Município.

-Casagrande é um político muito experiente na vida pública. Além de estar buscando o terceiro mandato como governador do Espírito Santo, já atuou como secretário municipal, deputado estadual, deputado federal, vice-governador e senador. Tem uma trajetória política toda construída no PSB, sigla que ajudou a fundar no Espírito Santo e da qual é um dos expoentes nacionais. Ele presidiu a Fundação João Mangabeira (FJM), entidade de formação e estudos do PSB, e atualmente ocupa a Secretaria-Geral da Executiva Nacional.

-Com larga experiência em gestão publica, Casagrande também é um político bem-formado e bem-informado sobre os fatos de São Mateus. Ele tem pleno conhecimento de que Daniel da Açaí não tem capacidade de liderança político-partidária nem de articulação sociocomunitária. Também conhece os detalhes da gestão contestada e sofrível que Daniel faz à frente da prefeitura de um município com cerca de 140 mil habitantes e quase 90 mil eleitores.

-Renato Casagrande também não desconhece as investigações do Ministério Público Estadual (MPES) que pairam contra o prefeito Daniel Santana envolvendo possíveis fraudes e/ou direcionamento em licitações milionárias de shows; e, especialmente, o inquérito da Polícia Federal, com provas robustas de prática de crimes, que resultou em duas denúncias do Ministério Público à Justiça Federal por organização criminosa, lavagem de dinheiro, corrupção ativa e passiva, fraudes em licitações, improbidade administrativa e falsidade ideológica.

-Bem-informado, Casagrande sabe que Daniel da Açaí protagonizou a maior operação já realizada pela polícia judiciária da União no âmbito do Poder Executivo, superando até mesmo operações para apurar corrupção contra gestores estaduais. A Operação Minucius envolveu quase 100 agentes de PF, MPF e TCU, para cumprimento de sete mandados de prisão temporária, inclusive contra o prefeito, e 25 mandados de busca e apreensão.

-Então, a pergunta que encabula nas rodas de conversa em São Mateus é a seguinte: por que Casagrande entregou a Daniel da Açaí, com todo o histórico que ele tem, o comando de sua campanha à reeleição em São Mateus, enxotando publicamente seu principal aliado no Município, o deputado estadual Freitas, e o Diretório Municipal do PSB? Cabe dizer que Freitas e Daniel batalham em campos opostos na política local.

-Mais do que isso: Casagrande e Daniel resgataram, na estratégia de apoio no 2º turno, para uma solenidade oficial do Governo do Estado, a vice-governadora Jacqueline Moraes (PSB), que foi derrotada nas urnas na disputa para deputada federal, e acabou escanteada em São Mateus, por conta da preferência de Daniel e sua trupe à campanha pela reeleição de Paulo Foletto (PSB).

-Todos podem estar resignados e “unidos” pela reeleição do ‘chefe’! Os números, no entanto, jogam contra Casagrande: Freitas teve 10.918 votos em São Mateus, contra 1.533 de Foletto e 1.356 de Jacqueline. Apesar de reeleito, Foletto teve apenas 5.802 votos em seu reduto, Colatina (3º mais votado), e Jacqueline foi somente a oitava com melhor desempenho para a Câmara Federal em sua cidade, Cariacica, com 5.630 votos. Freitas está rodando outros municípios, mas não é visto mais em São Mateus. Nem a militância tradicional socialista…

-E Daniel? Qual foi a votação que, de fato, o prefeito deu a seus aliados a cargos proporcionais? Para ser justo, é provável que ele tenha sido responsável direto ou indireto por 1.035 votos, tendo como critério a votação de seu pupilo Paulo da Abavam na disputa uma vaga na Assembleia Legislativa! Para as campanhas majoritárias de Casagrande e Rose, Daniel disponibilizou o peso da máquina pública municipal, mas, em São Mateus, com tanta gente apoiando os dois, a missão do prefeito foi mamão papaia (da região dos quilômetros) com açúcar (da Alcon, na vizinha Conceição da Barra)!

-Daniel, sem a máquina da Prefeitura, teria dificuldades para se eleger síndico do Bairro Villages! Até porque ele surfa na onda, mas não convive na periferia. Mas, para Casagrande, Jacqueline, Foletto e os “pensadores do Palácio Anchieta”, o dedo fazendo ‘joinha’ nas fotos é o gesto suprasumo da popularidade! rss

-A verdade é que, quanto ao pacto de Casagrande, com o auxílio mágico de seus “pensadores”, com Daniel da Açaí, muitas lideranças mateenses avaliam que a decisão foi egoísta politica e socialmente. O vice-prefeito Ailton Caffeu (Cidadania), antes aliado de primeira hora de Casagrande em todas as eleições, já desembarcou e ressurgiu declarando apoio ao candidato Manato (PL), “para ajudar a colocar fim à corrupção em São Mateus”. Um discurso encampado também por vereadores da comissão do impeachment, que sentiram de perto a “mão peluda” do poder agir em favor da manutenção de Daniel no cargo de prefeito.

-Lideranças avaliam que o pacto firmado também é nociva aos moradores, porque, na opinião delas, empodera um mau gestor; e ruim para os servidores públicos (especialmente os comissionados), pois são pressionados por Daniel com a base de sua força, que é o uso da estrutura da máquina pública. Aliás, há setores no Centro Administrativo que estão desertos desde o início do 2º turno; e o mesmo ocorre na Câmara Municipal: prioridade à campanha de Casão!

-E, não esqueçamos que, de ladeira abaixo, vem a prática de crimes eleitorais com uso de obras, serviços e estrutura da gestão pública para pedir votos para Casagrande, alisando as barbas longas da tolerância do Ministério Público Eleitoral e da Justiça Eleitoral, que já acumula uma série de denúncias.

É o pacto, Comunidade Mateense; é pacto eleitoral!

Casagrande é governador e candidato à reeleição, mas não mora em São Mateus!!!

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ESTÁ ESCRITO!

“Eu achava que a política era a segunda profissão mais antiga. Hoje vejo que ela se parece muito com a primeira” (Ronald Reagan, ex-presidente dos EUA).

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