Aneel cria ‘bandeira escassez hídrica’ e taxa extra passa para R$ 14,20

 Em meio à maior crise hídrica dos últimos 91 anos, o Governo Gederal decidiu criar o patamar de “bandeira escassez hídrica” para reajustar as contas de luz. A partir desta quarta-feira, 1º, a cobrança extra passará de R$ 9,49 para R$ 14,20 a cada 100 kWh consumidos – alta de 49,63%.

Segundo o governo, a nova bandeira, que deve ficar em vigor até 30 de abril de 2022, causará um aumento de 6,78% na tarifa média da fatura de energia elétrica e já passa a valer a partir desta quarta-feira (1º/09). 

Durante entrevista coletiva, o diretor-geral da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), André Pepitone, afirmou que o governo estabeleceu a chamada bandeira “escassez hídrica”, para sinalizar o momento em que o país enfrenta. Ele afirmou que o cenário exigiu acionamento de medidas que vão custar R$ 8,6 bilhões.

O anúncio acontece após reunião da Câmara de Regras Excepcionais para Gestão Hidroenergética (CREG), grupo presidido pelo Ministério de Minas e Energia e criado por meio da Medida Provisória 1055. O governo também detalhou as regras para o programa de incentivo à economia de energia voltado para os consumidores regulados, ou seja, aqueles atendidos pelas distribuidoras, como os residenciais.

Aqueles que pouparem energia nos próximos meses vão receber descontos na conta de luz. Nesta terça-feira, a Aneel e o Ministério de Minas e Energia também anunciaram um programa para estimular os consumidores a diminuir o consumo de energia elétrica. O programa concederá um bônus na fatura da conta de energia elétrica de R$ 50,00 para cada 100 kWh economizado.

O bônus será dado quando da redução média do consumo de energia elétrica foi igual ou superior a 10% por unidade consumidora e limitado a 20%, apurada de forma cumulativa nas faturas referentes às competências de setembro a dezembro de 2021. Essa iniciativa já começa a valer a partir desta quarta-feira. 

IMPACTO

Segundo o especialista em Finanças Marlon Glaciano, o país terá um grande impacto, principalmente, na economia familiar, que irá repercutir indiretamente nos custos dos serviços que usam energia elétrica, além das indústrias. “Cabe informar que esses custos são sempre repassados ao consumidor final”, acrescenta.

Vale lembrar que o Brasil vive a maior crise hídrica dos últimos 91 anos, em razão da falta de chuvas que provocou o desabastecimento de reservatórios para produção de energia elétrica. Com a escassez das chuvas e o uso excessivo das termelétricas, acionadas para suprir a demanda neste período, o especialista considera que o país amarga um cenário de preocupação, com a possibilidade de novos aumentos na conta de luz.

Ele explica que as sucessivas altas ocorrem, porque ainda existe a necessidade de recompor perdas e despesas acumuladas referentes à utilização elevada das termelétricas nos últimos meses. “Esta continua sendo a justificativa para a série de reajustes que vem acontecendo e que ainda poderão vir”, esclarece Glaciano.

COMO ECONOMIZAR

Para economizar energia e minimizar o impacto no orçamento, ele indica que o consumidor pode substituir as lâmpadas incandescentes pelas lâmpadas de led e retirar os aparelhos eletrônicos da tomada. “As luzinhas de ‘stand by’ consomem energia e, principalmente, os carregadores de telefone”.

O especialista em Finanças também indica que o brasileiro pode reduzir o uso do ferro elétrico e da máquina de lavar. “Junte tudo e lave ou passe tudo de uma vez”, ensina. “Evite banhos longos e priorize o modo ‘verão’ em dias quentes, no caso de chuveiros elétricos”, conclui Glaciano.

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