Daniel Santana (sem partido) tenta reeditar em 2022, à frente da campanha de Renato Casagrande no segundo turno, o modus operandi que utilizou para se reeleger prefeito de São Mateus em 2020. Há dois anos, Daniel da Açaí utilizou os recursos públicos em forma de cestas básicas, em plena pandemia da covid-19, nas barbas longas de tolerância do Ministério Público, da Justiça Eleitoral e dos nove atabalhoados (e desunidos) adversários naquela eleição.
Agora, a tática é utilizar os brinquedos voltados para a criançada, de uma licitação de R$ 599 mil, como moeda de troca para entrar, no Mês das Crianças, na periferia e arrastar votos em favor do seu candidato à reeleição para o Palácio Anchieta. Um golpe desesperado de gratidão pelo apoio político que o mantém no cargo, por conta dos interesses cruzados e inconfessáveis.
Em 2020, a pasta escolhida foi a Secretaria Municipal de Assistência Social, com uma licitação de quase R$ 3 milhões para distribuição de cestas básicas emergenciais, coincidindo com o período eleitoral. Deu certo para a reeleição, mas o esquema foi descoberto pela lupa da Polícia Federal, com os documentos apreendidos na Operação Minucius. Por essas e outras práticas criminosas, Daniel passou um período na prisão, mas, por conta do pacto da vingança com os vereadores, especialmente o G-8, e o apoio político conquistado com os “graúdos” do Espírito Santo, voltou ao Escondidão da Alberto Sartório (sede da PMSM no Bairro Carapina).
E fê-lo com a soberba de quem se sentiu protegido o bastante para confrontar de forma leviana, xingar e ameaçar, com apoio do Presidente da Câmara, o delegado da Polícia Federal que coordenou as investigações contra ele, inclusive com referência nas ameaças à família do servidor público federal bastante conhecido e respeitado em São Mateus e na corporação.
É com essa petulância na “capital federal da impunidade” que o prefeito Daniel nem faz cerimônia em usar a máquina pública municipal para pedir votos para Renato Casagrande, registrando em vídeos postados pela milícia digital (gabinete do ódio) em redes sociais e grupos de WhatsApp. O pano de fundo é o dia 12 de outubro, o Dia das Crianças, com a implantação da “política pública” Mês das Crianças.
Novamente usando uma licitação que envolve a Secretaria Municipal de Assistência Social e a secretária Marinalva Broedel, que, nesse ínterim, também já se especializou em participar e encobrir desmandos. E ressurge outro personagem que também aparece nas investigações da Polícia Federal: o vereador Kacio Mendes (PSDB), que é o vice-presidente da Câmara Municipal e corregedor da Casa.
Como as Eleições 2022 são um assunto no qual a PF atua, o prefeito Daniel pode estar a alguns atos de ter nova conversa reservada com os agentes da polícia judiciária federal. Resta saber se, como os nove atabalhoados de 2020, o adversário da disputa no segundo turno do pleito deste ano será disperso e ainda seguirão acariciadas as barbas longas da tolerância do Ministério Público e da Justiça Eleitoral.
Se perguntarem ao governador e candidato à reeleição Casagrande sobre a prática de crime eleitoral em favor da campanha dele em São Mateus, é provável que responda que não sabe de nada e que não é assunto dele. Mais ou menos o que revelou o vereador Carlinho Simião (presidente da comissão do impeachment), sobre a postura e o comportamento do Chefe do Executivo Estadual quando a Cidade sangrava por causa dos resultados danosos das investigações da maior operação federal já realizada no âmbito de uma prefeitura na história do País!
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