Presos em SP, suspeitos de hackear celular de Moro estão em Brasília para interrogatório

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A Polícia Federal (PF) prendeu na tarde desta terça-feira (23/07) quatro pessoas suspeitas de hackearem os celulares do ministro da Justiça, Sergio Moro, e do procurador da Lava Jato, Deltan Dallagnol. Esses seriam os aparelhos que teriam dado origem à publicação de conversas demonstrando possível interferência do ex-juiz na Operação Lava Jato. Todos os detidos já estão na capital federal para prestar depoimento.

A operação, que também cumpriu sete mandados de busca e apreensão, ocorreu em São Paulo e ainda não há confirmação dos nomes dos investigados. Foram presos três homens e uma mulher, todos jovens.

No fim da tarde, a Justiça Federal do DF confirmou que todos os mandados foram expedidos pela 10ª Vara de Brasília, assinados pelo juiz Vallisney de Souza Oliveira.

Os suspeitos chegaram ao Instituto Médico Legal (IML) por volta das 18h, onde fizeram exame de corpo delito. Depois, foram transferidos para a carceragem da Superintendência Regional da PF, onde aguardam interrogatório.

No mandado desta terça-feira (23/07), há menção ainda há busca dos responsáveis pela invasão dos telefones do desembargador federal Abel Gomes (Tribunal Regional Federal da 2ª Região, no Rio), ao juiz federal Flávio Lucas (18ª Vara Federal do Rio) e delegados Rafael Fernandes, da PF em São Paulo, e Flávio Vieitez Reis, em Campin

ENTENDA

O ministro da Justiça afirma ter tido seu celular invadido no dia 4 de junho por um hacker que teria acessado o aplicativo Telegram do aparelho e trocado várias mensagens com os contatos do ex-juiz da Lava Jato. Moro disse que pediu o cancelamento da linha e a troca de telefone.

A Polícia Federal informou, via nota emitida pela assessoria de imprensa da instituição, que foram cumpridas 11 ordens judiciais, sendo sete mandados de busca e apreensão e quatro mandados de prisão temporária nas cidades de São Paulo, Araraquara e Ribeirão Preto. Os mandados foram cumpridos pelo delegado da PF Luiz Flávio Zampronha, um dos responsáveis por investigar o escândalo do Mensalão.

O termo spoofing, que dá nome à operação, faz menção a um tipo de falsificação tecnológica que procura enganar uma rede ou uma pessoa, fazendo-a acreditar que a fonte de uma informação é confiável, quando ma realidade é bem diferente.

HACKERS DA LAVA-JATO

Segundo a PF, os ataques a celulares de autoridades ligadas à Operação Lava Jato começaram pelo celular do ex-procurador-geral da República Rodrigo Janot, em abril deste ano. A partir do Telegram instalado no aparelho dele, o invasor teria então chegado aos grupos de conversa com procuradores. Assim, o hacker conseguiu os números de celulares dos integrantes.

Depois, procuradores da Lava Jato no Paraná, São Paulo e Rio de Janeiro supostamente tiveram seus smartphones invadidos. Todos os telefones de procuradores do Paraná teriam tido o aplicativo acessado, mas ainda não se sabe quais conversas foram copiadas.

O site The Intercept Brasil e jornais parceiros têm divulgado trechos de conversas dos procuradores no Telegram.

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FONTE: METRÓPOLES

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