CRÔNICAS DE NEIDE LIMA – Em qual lugar nós, mulheres, queremos estar na Política?

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A cada ano, constatamos que aumenta o número de participação de mulheres que se interessam por Política. Tem aumentado, sim, mas ainda falta mais. Muito mais.

As mulheres são mais da metade da população brasileira, mas elas representam somente 15% dos parlamentares no Congresso Nacional. E, enquanto não houver igualdade e oportunidade de participação política e cultural entre homens e mulheres, a humanidade não será feliz.

Sabemos que somos a maioria, mas na hora que colocamos os nossos nomes nas chapas de candidaturas, seja no Executivo ou no Legislativo, não recebemos os votos da maioria do eleitorado, que são mulheres.

Eis a questão: por que mulheres não se unem em um manifesto, onde as mulheres unidas de todos os partidos não exigem de seus partidos a paridade de gênero, para entrarem com um pedido de urgência para que as mulheres tenham as mesmas condições de oportunidades?

Não temos coragem para exigir essas açöes dos nossos partidos. Sabemos que os tempos estão difíceis, mas sabemos também que os homens estão se articulando há meses para as Eleições de 2022.

Nós, mulheres, temos que quebrar o paradigma de que ‘mulher não vota em mulher’. É fácil quebrar esse paradigma. Nós temos a arma para quebrá-lo: é usar o Título de Eleitor e votar em mulheres.

Não basta ser mulher; mas mulheres feministas, que sempre lutaram por direito à igualdade, à paridade. Mulheres que podem fazer a diferença quando se fizer projetos de lei por mais políticas públicas para as mulheres em geral, não importando a idade; desde as crianças que sofrem abusos sexuais e as mulheres idosas, programas de geração de emprego e renda.

Precisamos ser mais aguerridas na luta contra o abuso e o molestamento sexual de nossas crianças. Temos que ampliar e capacitar pessoas para que uma lei de grande importância como a Lei Maria da Penha não exista só no papel.

Temos que criar leis para que os homens abusadores de mulheres que são encarcerados possam ser reintegrados à sociedade com mudança de caráter e provando à sociedade que está recuperado, para não voltar a cometer violência contra outras mulheres.

Mulheres que geram vidas e que são capazes de gerar um mundo novo para termos a tão sonhada sociedade mais justa, igualitária, democrática e mais humanizada. Somos capazes de mudar a vida da família, do município, do Estado e do país.

“Vivemos tempos sombrios, onde as piores pessoas perderam o medo e as melhores perderam a esperança” (Hanna Arendt).

No mundo hoje, vivemos tempos sombrios com a pandemia. Quem mais sofre são as mulheres, que convivem mais tempo com seus agressores, aumentando os números da violência. E ainda sofrem a perda de filhos, maridos, pais, irmãos e amigos.

Não estamos afirmando que os homens não perderam, ou que não sofrem. Mas o luto das mulheres, principalmente o luto das mães, é diferente, é mais doído. A dor de uma mãe que perde um filho é incomparável a todas as dores.

Queremos mulheres brasileiras que sejam comprometidas com a vida de outras mulheres que estão em situação de pobreza, que são arrimos de família e que precisam do olhar plural das mulheres no exercício do poder.

O Brasil hoje sofre com o intencional colapso do sistema de saúde. O descaso com a nossa população mais pobre, em especial, as quilombolas e as indígenas. Precisamos de políticas de saúde pública diferenciada para essa população.

Hoje, mais do que nunca, vemos a necessidade de cultivar dentro de nossos lares a saúde, pois o vírus da covid não escolhe classe social, raça nem idade.

Quando falamos que a pandemia do coronavírus aumentou muito a violência doméstica, dentro dessa violência que o número de vários tipos de violência contra crianças aumentou muito.

Temos que fazer de tudo para levar a paz para tod@s e para todos os lugares, pois precisamos que eu esteja em paz, que você esteja em paz, que nós tenhamos paz! Precisamos muito e tanto imploramos e pedimos a paz dentro de nossos lares, pois ultimamente têm aumentado muito a violência!

Temos que combater a violência para que reine a paz; tem que estar comigo, com você e com tod@s. E temos que lembrar que a paz tem que começar comigo e dentro da nossa casa!

“Que suas escolhas sejam o reflexo de suas esperanças, e não de seus medos” (Nelson Mandela).

*NEIDE LIMA é socióloga, graduada e pós graduada em Psicanálise Clínica, licenciada em Pedagogia e mestre em Políticas Públicas.

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