CRÔNICAS DE NEIDE LIMA – Ouro Preto

POR NEIDE LIMA*

Saímos de Vitória pela BR-262 com destino a Ouro Preto, que era de onde começaríamos a nossa viagem de conhecimento da chamada Estrada Real. Esse nome vem da forma de escoamento da produção do ouro das Minas Gerais até o Porto de Parati, no Rio de Janeiro.

Fui logo impactada pela beleza natural da Cidade, que é tombada como Patrimônio Cultural da Humanidade pela Unesco. Ouro Preto guarda um patrimônio arquitetônico inigualável.

Ouro Preto é uma cidade colonial, que fica na Serra do Espinhaço, na zona leste do Brasil; é conhecida por todas as casas serem em estilo barroco, inclusive praças, pontes fontes e suas ruas serem calcetadas, íngremes e sinuosas.

A Praça Central Tiradentes recebeu esse nome em homenagem ao mártir da Independência do Brasil.

Em Ouro Preto, existem 17 igrejas e 9 capelas espalhadas por toda a cidade, inclusive a Igreja de São Francisco de Assis, construída no século XVIII. Nas imensas ladeiras do Centro Histórico, enfileiram-se casarões do tempo colonial, que hoje são transformadas em hotéis e pensões, ateliês, lojas de pedras preciosas, artesanatos e comércio em geral.

As maiores joias, entretanto, que os turistas procuram são as igrejas, verdadeiras joias raras na arquitetura no estilo barroco, com Obras de Aleijadinho e os detalhes em ouro em todas as igrejas.

A Igreja Matriz é mais famosa, é a Nossa Senhora do Pilar chamada de Igreja do Ouro, porque em suas obras de arte e pinturas nos altares tem mais de 400 quilos de ouro.

Construída 1773, tem grande riquezas de detalhes em seus retábulos. E muitos outros centros históricos que ajudam a contar a História do Brasil, como o Museu da Inconfidência.

O que também chama muito a atenção de muitos turistas é a programação cultural com eventos variados ligados à cultura. Como exemplos temos CineOP – Mostra de Cinema de Ouro Preto, Festival de Inverno de Ouro Preto e Mariana, Tudo é Jazz e Fórum das Letras. E ainda tem todos os anos o movimentado Carnaval de rua, que dá vida e revigora a cidade; é a prova que Ouro Preto não vive só de passado.

Essa revitalização é resultado de uma parceria do Governo do Estado com entidades, como a Federação das Indústrias de Minas Gerais e o Instituto Estrada Real. O projeto Estrada Real é a principal iniciativa do Governo de Minas Gerais na área de turismo em implantação no País.

Tem como objetivo promover o desenvolvimento das outras 162 cidades mineiras situadas na área de influência da Estrada Real, por meio de incentivo ao turismo cultural, religioso, histórico e rural, como o ecoturismo e o turismo de aventura.

Depois de 1701, quando foi aberto o Caminho Novo (já citado acima), esse percurso era interditado a estrangeiros até 1808. Em 1729, a descoberta de diamantes no Serro estendeu a Estrada Real até Diamantina e, foi assim, que vários fatos ficaram marcados nesse trajeto, como o Movimento dos Inconfidentes. As estalagens e pousos foram usados por Tiradentes para pregar a liberdade e a Independência do Brasil.

Dom Pedro I aproveitou a Estrada Real para conhecer Minas Gerais por duas vezes: a primeira em 1822 e a segunda em 1831.

Três séculos depois, o mesmo caminho por onde foram transportados ouro, diamantes e pedras preciosas para o resto do mundo está sendo redescoberto e revitalizado, percorrendo 177 cidades que passam pelo Rio de Janeiro, São Paulo e Minas Gerais, que possuem rico acervo histórico, cultural, gastronômico, artístico, rural e religioso.

Passando por belezas naturais incríveis, como serras, cacheiras, rios e florestas, tudo integrando a Estrada Real, que inclui em seu trajeto Patrimônios da Humanidade, o Santuário do Bom Jesus do Matosinhos. Além disso, estão presentes vários patrimônios naturais e histórico-culturais em níveis nacional, estaduais e municipais.

Convido a todos para conhecer as lindas cidades em estilo barroco e detalhes em rococó que fazem parte da Estrada Real. Minas Gerais ainda é o maior produtor de ouro no Brasil.

Ainda existem seis minas de extração de ouro em Ouro Preto abertas para visitação pública, que são Mina do Chico Rei, Mina du Veloso, Mina Felipe dos Santos, Mina do Jejê, Mina de Santa Rita e Mina da Passagem; todas são muito lindas! Não deixem de visitá-las!

*NEIDE LIMA é socióloga, graduada e pós graduada em Psicanálise Clínica, licenciada em Pedagogia e mestre em Políticas Públicas.

CENSURA ZERO – AQUI TEM CONTEÚDO! | REDAÇÃO MULTIMÍDIA

spot_imgspot_img
spot_img

OUTROS DESTAQUES

Open chat
Olá, seja bem-vindo(a) ao portal CENSURA ZERO!
-Faça seu cadastro para receber Boletins Informativos em Transmissão pelo WhatsApp e autorizar o envio de notícias!
-É simples, rápido e seguro, nos termos da nossa Política de Privacidade, disponível no site.
-Deixe seu NOME COMPLETO e a CIDADE onde mora!
Obrigado e volte sempre!