Mesmo com a decretação de calamidade pública no Município de São Mateus, o prefeito Daniel Santana e a secretária municipal de Assistência Social, Marinalva Broedel, mantêm critérios rígidos para a distribuição de cerca de 27 mil cestas básicas em São Mateus, deixando de atender a um grande número de famílias compostas de idosos, crianças, pessoas com deficiência, adolescentes e pessoas desempregadas em meio à pandemia do novo coronavírus (Covid-19).

O CENSURA ZERO já publicou apelo feito ao prefeito Daniel em reportagem sobre o caso de uma família de um portador de necessidades especiais e outras três pessoas desempregadas, do Bairro Cacique 2, que ficou sem a assistência emergencial da Prefeitura de São Mateus. Houve alerta à Câmara Municipal e ao Ministério Público em Editorial do CENSURA ZERO no sábado (18/04) sobre a ocorrência de muitas famílias passando fome e que não estão tendo direito a cesta básica emergencial pública. Mas a situação continua ocorrendo em larga escala nos bairros da periferia.

Desta vez, o drama atinge uma família do Bairro Santo Antônio, composta por um menino de 8 anos portador de hidrocefalia e deficiência física. Pai, mãe e filho precisam de alimentos por conta da quarentena imposta pelas autoridades diante da prevenção ao novo coronavírus, mas não conseguiram o apoio da Secretaria Municipal de Assistência Social.

“Minha esposa contou toda a verdade para o pessoal que está fazendo o cadastro da cesta básica e confirmamos que nós temos um filho especial e moramos de aluguel. Na casa é uma pessoa só que trabalha para fazer tudo, e quase não dá; às vezes, não passamos falta das coisas porque tem gente que nos ajuda. Só Deus na nossa vida. Mas vamos vencer!”, relatou ao CENSURA ZERO o trabalhador A.F.M, de 44 anos, que mora no Bairro Santo Antônio com a esposa S.R.S., de 40 anos, e o filho de 8 anos, portador de hidrocefalia.

PEDIDO DE ALIMENTOS REJEITADO

O chefe de família disse que a esposa dele ligou para a Central de Benefícios Eventuais da Secretaria de Assistência Social, na quinta-feira (16/04), mas teve o pedido para uma cesta básica emergencial rejeitado: “Negaram até a última hora. Tenho prova que eu tenho esse filho especial, até tenho laudo médico. A hidrocefalia atingiu a coordenação motora dele. Para completar, ele ainda usa órtese na perna esquerda; temos laudo”.

O morador trabalha como ajudante de caminhão e tem renda mensal de um salário mínimo (R$ 1.045,00), mas não está podendo trabalhar. Desse valor, ele paga R$ 380,00 de aluguel na pequena casa de quatro cômodos. Segundo ele, a família não tem inscrição no CadÚnico e, por isso, não recebe nenhum tipo de ajuda do poder público; a esperança era conseguir uma cesta básica para se alimentar nessa crise.

O pai do menino portador de hidrocefalia renova o apelo, por meio do CENSURA ZERO, para que o prefeito Daniel Santana e a secretária de Assistência Social, Marinalva Broedel, flexibilizem os critérios para a concessão de cesta básica, permitindo que alimentos cheguem à mesa de muitas famílias compostas por idosos, crianças, portadores de necessidades especiais e pessoas desempregadas neste momento de pandemia da covid-19.

O OUTRO LADO

O CENSURA ZERO disponibiliza espaço para que o prefeito Daniel Santana e a secretária municipal de Assistência Social, Marinalva Broedel, respondam ao apelo da família do menino portador de hidrocefalia.

O pedido, reforçado pela Direção de Jornalismo e Conteúdo do CENSURA ZERO, é quanto à adoção de critérios mais flexíveis para atender a parcela significativa da Comunidade de São Mateus que não se enquadra nos critérios técnicos normais Prefeitura de São Mateus.

Como consequência, estão desassistidas nesse período de pandemia do novo coronavírus, o que sustenta a situação de calamidade pública decretada pelo prefeito Daniel Santana até o dia 31 de dezembro de 2020, conforme decreto municipal.

CENSURA ZERO – AQUI TEM CONTEÚDO! | REDAÇÃO MULTIMÍDIA