INVESTIGAÇÃO DA PF – Partidos de Fundão, Balanga e Simião estão entre os que acusam Daniel-Caffeu de compra de votos e abuso de poder econômico em 2020

Três dos oito partidos que acionaram o Ministério Público Eleitoral contra a chapa Daniel Santana-Ailton Caffeu, resultando na investigação em curso da Polícia Federal de possíveis crimes cometidos nas Eleições Municipais de 2020, têm representantes na atual composição da Câmara de São Mateus. São eles o Progressistas-PP, do vereador Paulo Fundão (presidente do Legislativo), o PROS, de Cristiano Balanga (líder do Prefeito na Câmara) e Podemos, de Carlinho Simião, único vereador que se intitula independente entre os 11 parlamentares.

O CENSURA ZERO apurou e publicou com exclusividade neste sábado (7/08) o conteúdo da representação eleitoral, cuja apuração corre em segredo de justiça. Além dos presidentes municipais de Podemos, PROS e Progressistas, dirigentes de Rede, PRTB, PCdoB, PMB e PSD também formalizaram, em dezembro de 2020, as acusações de suposta compra de votos, uso da máquina pública e abuso do poder político e econômico no pleito, que resultou na reeleição do prefeito Daniel Santana (então no PSDB) e a eleição do vice-prefeito eleito Ailton Caffeu (Cidadania).

Podemos, Progressistas e PCdoB integraram a coligação do candidato Carlinhos Lyrio, que ficou em segundo lugar no pleito de 2020; o PROS compôs a coligação de Ferreira Júnior, terceiro colocado na disputa a prefeito; a Rede teve como candidato a prefeito Dr. Mauro Peruchi (presidente do partido); o PRTB disputou a eleição majoritária com Eliezer Nardoto; e PSD e PMB formaram a coligação do candidato a prefeito Hubistenyo Cajá.

Pouco depois das Eleições Municipais 2020, Paulo Fundão se aproximou do grupo de Daniel a ponto de ser definido pelo prefeito, no chamado pacto da vingança, para ocupar a presidência da Câmara de São Mateus. E a revelação pública sobre a representação eleitoral de coautoria do PP de Fundão explica o fato de o vereador, a despeito dos diversos discursos já feitos até hoje no Legislativo, jamais ter feito referência ao partido que o elegeu. Nem na cerimônia de posse, em janeiro.

Já o líder do prefeito Daniel Santana na Câmara Municipal, vereador Cristiano Balanga, não tem reconhecido desde então a liderança municipal do PROS, preferindo se articular diretamente com lideranças estaduais do partido, como a deputada estadual Raquel Lessa.

ARTICULAÇÕES

A representação eleitoral encabeçada pelo Podemos é vista nos bastidores políticos de São Mateus como um dos motivos da exclusão do vereador Carlinho Simião das discussões com o prefeito Daniel para a formação da atual Mesa Diretora, composta por Paulo Fundão (presidente), Kacio Mendes (PSDB – vice-presidente) e Ciety Cerqueira (PT – 1ª secretária).

A definição de Delermano Suim como 2º secretário também foi estratégica. O partido dele, o Patriota, da coligação do candidato a prefeito Ferreira Júnior, não assinou a representação eleitoral feita ao Ministério Público. O mesmo ocorreu com Solidariedade e PSB, dos vereadores Lailson da Aroeira e Robertinho de Assis, respectivamente, que passaram a integrar a base da gestão Daniel, ainda nos arranjos para a presidência do Legislativo.

Outro partido que lançou candidato próprio a prefeito em 2020, o PSL tratou logo de se aliar a Daniel Santana pouco tempo depois da divulgação do resultado. O presidente do partido, Deucimar Oliveira, foi nomeado secretário municipal de Governo, assegurando também o apoio do vereador da legenda, Isael Aguilar.

Os outros dois parlamentares da atual legislatura foram eleitos por partidos da coligação Daniel-Caffeu: Gilton Gomes, o Pia (PSDB) e Adeci de Sena (Cidadania).

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EXCLUSIVO – Polícia Federal investiga chapa Daniel-Caffeu por suposta compra de votos e abuso do poder político e econômico nas Eleições 2020 em São Mateus

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